Devido às fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no mês de maio de 2024, diversas instituições de saúde do Estado sofreram danos em sua infraestrutura elétrica durante os alagamentos. Um deles foi o Hospital Mãe de Deus, localizado em Porto Alegre, no bairro Menino Deus. Desde 1979, o hospital oferece cuidado e inovação em diferentes áreas da saúde e é mantido pela instituição filantrópica Associação Educadora São Carlos (AESC), da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo – Scalabrinianas.
Com as enchentes no Estado, entre os dias 4 e 5 de maio, direção, colaboradores e médicos se uniram para a evacuação do hospital, com a transferência dos 278 pacientes para outras unidades de saúde, por questões de segurança, uma vez que a falta de luz e água impossibilitou a continuidade do funcionamento da instituição. A partir de 1° de junho, a instituição deu início a um cronograma de reabertura, e os serviços foram sendo restabelecidos aos poucos.
A operação do hospital é fundamental para a população de Porto Alegre e da Região Metropolitana, principalmente porque uma avaliação do Ministério da Saúde mostrou que parte da rede de saúde do Estado foi perdida pelos danos causados pelas enchentes. UBS, UPAs e hospitais foram prejudicados, enquanto doenças como leptospirose, tuberculose e dengue avançaram, diante da situação de calamidade, a necessidade de atendimentos. Assim, muitos se mobilizaram para garantir à população o acesso à saúde.
Diante deste cenário, o Hospital Nipo-Brasileiro (HNipo), de São Paulo, demonstrou-se solidário e decidiu ajudar, colocando à disposição um gerador de energia. Esta ajuda é muito importante para implementar a energia elétrica no hospital, destruída pela enchente. A instalação deve ocorrer até o fim do mês de setembro. A parceria surgiu por meio da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) e a escolha da instituição foi feita pelas similaridades entre as entidades mantenedoras do HNipo, a Enkyo, e do Hospital Mãe de Deus, a Associação Educadora São Carlos, ambas beneficentes e filantrópicas.
“O Brasil todo se mobilizou para auxiliar a situação enfrentada pelos gaúchos. Resolvemos voltar os nossos olhares aos profissionais de saúde e contribuir para aliviar os custos com o aluguel do gerador. Essa decisão estratégica institucional não seria possível sem nosso corpo clínico, que apoiou a compra do equipamento”, conta Dr. Sérgio Okamoto, Superintendente Geral do HNipo.
“No Hospital Mãe de Deus e nas demais unidades administradas pela AESC, entendemos que nosso propósito é atender, com humanização e acolhimento, a todos que precisam de nossos cuidados. É uma escolha que repactuamos diariamente. Por isso, muito nos comove também sermos acolhidos nesse momento, para que possamos continuar oferecendo um atendimento de excelência para a população gaúcha, após esse período tão sensível vivido por todos. Ao Hospital Nipo-Brasileiro, nosso muito obrigada”, afirma Irmã Marileda Baggio, diretora presidente da AESC.