“A cirurgia robótica vem sendo cada vez mais utilizada e representa um grande avanço no cuidado, uma revolução na prática cirúrgica moderna, ao combinar precisão e habilidade humana. O objetivo central do nosso programa é oferecer tratamento médico de última geração aos nossos pacientes, promovendo melhores resultados e desfechos mais seguros. A adoção da cirurgia robótica reforça a nossa trajetória marcada pelo compromisso com o uso da melhor tecnologia e inovação disponíveis associado à excelência na atenção e ao acolhimento que deixa nossos pacientes no centro do cuidado”, celebra Karina Tenan, diretora técnica do HSVP.
Os urologistas Renato Faria e Pablo Cerante, primeiros especialistas a utilizar a nova tecnologia no hospital, veem vantagens no método minimamente invasivo que permite micro incisões e reduz o risco de complicações, de perda sanguínea durante o procedimento e até das dores pós-cirúrgicas. Outra vantagem é que o equipamento transmite uma imagem em alta resolução, com ampliação de até 12 vezes, e apresenta a melhor possibilidade de transmissão de dados, o que em um futuro próximo irá favorecer o atendimento por telemedicina. “Já há grupos e trabalhos publicados nesse sentido e até atendimentos cirúrgicos com o cirurgião em outra região, claro, contando com uma equipe de apoio junto ao paciente, para o caso de haver alguma intercorrência”, adianta Faria.
Maior estrutura do Rio
Nathália Teixeira, supervisora de enfermagem do Centro Cirúrgico e da Central de Material e Esterilização do HSVP, lembra que o trabalho de cirurgia robótica do hospital começou muito antes das primeiras reuniões de planejamento com as equipes. “Foi preciso derrubar duas salas de cirurgia e reconstruí-las ‘do zero’ para poder abrigar esse programa. A sala de cirurgia robótica do HSVP é hoje a maior do Rio de Janeiro, com 65m², com tudo planejado em cada mínimo detalhe para promover a melhor assistência possível”, comenta. Nathália reforça a importância do treinamento e capacitação de todos os profissionais envolvidos no projeto, inclusive da enfermagem. “A interação entre as equipes tem que ser muito fluida e azeitada. Um deve entender a necessidade do outro para que todos juntos possam realizar o procedimento e cada detalhe importa.”
Dentro do programa de cirurgia robótica do HSVP, a equipe de enfermagem tem um papel diferenciado, focando também no acolhimento não só do paciente, mas também de sua família, e orientando sobre o ambiente do centro cirúrgico para que a experiência seja diferenciada. Para isso, são realizadas visitas pré e pós-operatórias, contribuindo para uma jornada positiva do paciente.
De acordo com Rogério Bartkevicius, diretor executivo do hospital, o grande diferencial do programa de robótica do HSVP é o fato de o sistema ser o mais moderno disponível e contar com dois consoles em operação. “Isso permite que dois médicos operem ao mesmo tempo, um prestando suporte ao outro, garantindo que a expertise de cada um seja aplicada nos momentos mais adequados.” Bartkevicius ressalta que o hospital conta com um simulador de cirurgias robóticas, equipamento que serve tanto para a capacitação de cirurgiões do time de robótica quanto para que os médicos possam se qualificar. “Estamos disponibilizando aos nossos pacientes, médicos e parceiros mais que um programa de cirurgia robótica. Estamos promovendo o melhor em medicina do futuro, que combina tecnologia e humanização, com resultados que importam para os pacientes e a um custo certo para atingi-los, alinhados com nosso conceito de missão, visão e valores que reafirmam nossa vocação para cuidar”, frisa ele.
Iniciado com a realização de cirurgias urológicas, o programa de robótica passará a oferecer, até o fim deste ano, procedimentos em outras especialidades, como cirurgia geral, ginecologia, cirurgia torácica, de cabeça e pescoço, e também otorrinolaringologia. “Por todos os benefícios que essa tecnologia proporciona em termos de segurança e de otimização da gestão, com menor tempo de internação e ótimos desfechos para os pacientes, este programa é fundamental para o caminho que estamos trilhando, de fortalecimento de uma cultura sustentável e tecnológica em nosso hospital”, conclui o diretor executivo.
Para a diretora geral do HSVP, Irmã Maria Aparecida Cirico Maciel, a chegada da cirurgia robótica é um grande marco para um hospital que, em sua história, une tradição e modernidade. “O HSVP tem o DNA da inovação, qualidade, segurança e o propósito de oferecer aos pacientes o que há de mais moderno, sempre com o paciente no centro do cuidado, a exemplo de quando foi adquirido o primeiro equipamento ‘Kelman’ do país para realização de cirurgias de catarata, em 1975, ou de quando foi criado o primeiro serviço de hemodinâmica do Rio de Janeiro, em 1988. O uso de tecnologia a serviço da medicina tem revolucionado os processos de diagnóstico e tratamento de doenças e o HSVP está sempre conectado com esses avanços para oferecer o melhor para seus pacientes. Nós sabemos que o diferencial do nosso programa não é apenas a tecnologia e o robô, mas, sim, toda a infraestrutura e capacitação de médicos e enfermeiros para que os procedimentos tenham desfechos positivos. O coração do nosso programa de cirurgia robótica é, sem dúvida, nosso time de profissionais”, destacou.