No segundo dia do Healthcare Innovation Show (HIS) 2024, o painel sobre Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) destacou-se como um dos momentos mais aguardados. Moderado por Guilherme Hummel, Head Mentor da EMI e coordenador científico da Hospitalar HUB, o debate reuniu especialistas de renome para discutir o impacto desses modelos tecnológicos na saúde.
Hummel iniciou a discussão abordando a crescente demanda por assistentes conversacionais baseados em LLMs, como ChatGPT e Gemini. Ele destacou que esse tipo de ferramenta está revolucionando as práticas médicas no que diz respeito ao rápido acesso e a precisão diagnóstica.
Valéria Pinheiros de Souza, gerente médica de TI no Hospital Albert Einstein, compartilhou a experiência da instituição com a implementação de LLMs. A especialista enfatizou a utilização dessas tecnologias para reduzir a sobrecarga de tarefas na equipe médica. Valéria destacou que, atualmente, cerca de 2 mil médicos do Einstein utilizam essas ferramentas, com um índice de satisfação (NPS) de 93%.
Eduardo Cordioli, diretor técnico de obstetrícia do Grupo Santa Joana, apresentou a aplicação de LLMs em protocolos clínicos. Ele também mencionou a criação de agentes de inteligência artificial com memória empática, uma verdadeira forma de revolução na comunicação entre médicos e pacientes.
O painel concluiu com uma discussão sobre os desafios e as oportunidades da integração de LLMs na saúde pública, destacando a importância de bases de dados robustas e seguras para o treinamento dessas tecnologias. Os especialistas concordaram que a adoção de LLMs representa um avanço significativo na melhoria da qualidade do atendimento e na eficiência dos serviços de saúde, em contraponto, também ressaltaram os desafios no que diz respeito às questões de regulamentação e custos.
“O custo ainda é alto eu vejo um investimento muito grande, todo mundo está investindo em inteligência artificial, eu acho que em algumas situações o retorno não vai ser aquilo que a gente imagina que nós vamos ter, porque talvez as implementações não sejam as mais adequadas, então a gente ainda precisa amadurecer em como implementar a inteligência artificial”, finaliza Valéria.