A FenaSaúde acaba de divulgar a íntegra da última edição de seu Relatório de Acompanhamento do Mercado de Saúde Suplementar, com informações econômico-financeiras das empresas associadas à Federação, segmentadas por grupos econômicos, modalidade de operação e porte.

Os dados das demonstrações contábeis das operadoras de planos de saúde apontam desaceleração em linha com o cenário econômico atual. O estudo da FenaSaúde com base nos dados de junho de 2015 também mostra elevação da taxa de sinistralidade do setor. 

Receitas e despesas assistenciais em ritmo de desaceleração

Nos 12 meses terminados em junho de 2015, a receita de contraprestações do mercado de Saúde Suplementar – única fonte de recursos do segmento, proveniente das mensalidades pagas por beneficiários e empresas empregadoras – aumentou 13,7% na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores. Já a despesa assistencial (que engloba gastos com consultas, exames, internações terapias e outros) cresceu 15,3%, na mesma base de comparação. Observa-se significativa redução nessas taxas de crescimento, entretanto ressalta-se que a desaceleração foi mais forte na receita de contraprestações do que na despesa assistencial, agravando ainda mais a situação financeira do setor. Entre junho de 2014 e junho de 2015, a variação da receita sofreu queda de 3,4 pontos percentuais, enquanto a despesa assistencial caiu 2 pontos percentuais. Nesse período, caiu 2,2 p.p. o ritmo de expansão de beneficiários de planos médicos, reflexo da retração do emprego. Esses resultados refletem, entre outros fatores, a etapa recente do cenário econômico e do mercado de trabalho formal.

Sinistralidade do setor de saúde suplementar cresce em junho

A sinistralidade no mercado foi de 83,0 % nos planos de assistência médica (Cooperativa médica, Seguradora especializada em saúde e Cooperativa médica), nos doze meses terminados em junho de 2015, com expansão de 1,4 p.p. na comparação os doze meses anteriores. Nos planos de assistência médica das associadas à FenaSaúde, a sinistralidade foi de 84,3% no mesmo período, com aumento de 1,8 p.p. ante os doze meses terminados em junho de 2014.

No mercado de saúde suplementar a receita de contraprestações totalizou R$ 138,7 bilhões nos últimos doze meses terminados em junho de 2015, com aumento de 13,7%, ante igual período de 2014. Nas associadas à FenaSaúde foi de R$ 55,9 bilhões e cresceu 12,8%, respectivamente.

A despesa total foi de R$ 139,3 bilhões no mesmo período, com aumento de 14,7%, na mesma base de comparação. Nas associadas à FenaSaúde totalizou R$ 54,9 bilhões e cresceu 13,2%.

A despesa assistencial totalizou R$ 114,4 bilhões nos últimos doze meses terminados em junho de 2015 e cresceu 15,3% comparação com igual período de 2014. Nas associadas à FenaSaúde somou R$ 46,5 bilhões e cresceu 15,3%, na mesma base de comparação.

Sobre o Relatório

A fonte primária do Relatório são os dados extraídos dos sistemas de informação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Assistência à Saúde (DIOPS) e Sistema de Informações de Beneficiários (SIB).

O documento se divide em duas partes. A primeira traz informações das associadas à FenaSaúde, comparando?as com o desempenho do total do mercado de saúde suplementar. São apresentados dados de receita, despesa assistencial, sinistralidade, resultado líquido, patrimônio líquido, rentabilidade, provisões técnicas, as fontes e usos das receitas e a alocação das aplicações vinculadas às provisões técnicas. A segunda parte traz os dados econômico?financeiros do mercado de saúde suplementar.