No primeiro semestre de 2024, as fabricantes brasileiras de dispositivos médicos exportaram US$ 526,9 milhões para mais de 190 países, registrando um aumento de quase 21% em relação ao mesmo período de 2023, quando o total foi de US$ 436,4 milhões.
As empresas associadas ao Brazilian Health Devices (BHD), projeto setorial da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), também tiveram um crescimento expressivo, com exportações atingindo US$ 57,38 milhões, um aumento de 4,3% em relação ao primeiro semestre de 2023. Este montante representa 11% das exportações totais do setor, segundo a ApexBrasil.
Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da ABIMO, destacou que o aumento nas exportações para os Estados Unidos impulsionou os resultados das associadas ao BHD. “No primeiro semestre de 2024, as vendas das associadas para os EUA cresceram 75,8%, ultrapassando US$ 7,88 milhões”. Tradicionalmente, os Estados Unidos são o principal destino das exportações dessas empresas.
Entre janeiro e junho de 2024, os principais mercados para os dispositivos médicos brasileiros foram os Estados Unidos, Argentina e México, com destaque para o continente americano. Países Baixos e Bélgica também figuram como importantes compradores, evidenciando a receptividade da Europa aos produtos brasileiros, conhecidos pelo excelente custo-benefício.
Do total exportado, 65,6% foram destinados ao continente americano, com Estados Unidos, Argentina, México, Colômbia e Chile liderando as aquisições. A Europa respondeu por 22,31% das exportações, enquanto Ásia, África e Oceania somaram 12,09%. No caso das empresas associadas ao BHD, as vendas para países da América corresponderam a 62,51% do total.
O setor médico-hospitalar apresentou o melhor desempenho no primeiro semestre, com crescimento de 25,5%, representando 67% do volume total de dispositivos médicos exportados. Nesse segmento, destacam-se implantes e equipamentos médicos, cujas exportações somaram mais de US$ 130 milhões, envolvendo produtos como válvulas cardíacas, secadores laboratoriais, aparelhos de controle de pressão e eletrodiagnóstico, próteses arteriais e outros instrumentos cirúrgicos.
Além do setor médico-hospitalar, o segmento de laboratórios cresceu quase 16%, seguido por reabilitação (+13,8%) e odontologia (+7%).