Cirurgiões do Hospital Alemão Oswaldo Cruz participam da definição de novas diretrizes para o tratamento de câncer colorretal localmente avançado
23/08/2024

Essa é a 1º vez que especialistas latino-americanos participam de revisões da Asco

A Prof. Dra. Angelita Gama e o Dr. Rodrigo de Oliva Perez, cirurgiões do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz participaram das novas diretrizes da Asco (American Society of Clinical Oncology) para o tratamento do câncer de reto localmente avançado, que foram publicadas no JCO (Journal of Clinical Oncology). É a primeira vez que cirurgiões latino-americanos participam da revisão para o manejo de pacientes com câncer de reto promovida pela Asco.

Especialistas renomados foram convidados pela Asco para conduzirem uma análise da literatura publicada entre 2013 e 2023 para identificar revisões relevantes, ensaios clínicos randomizados de fase 2 e 3 e estudos observacionais, quando aplicável. Doze ensaios randomizados, duas revisões sistemáticas e um estudo não randomizado atenderam aos critérios de inclusão e foram consideradas para desenvolver as recomendações. As diretrizes têm por objetivo revisar e atualizar as condutas para o tratamento de tumores no reto.

Essa foi a primeira vez que as revisões das diretrizes para tratamento do câncer colorretal abordaram, de forma mais detalhada, a preservação retal utilizando o “Watch and Wait”, método idealizado e proposto pela Prof.ª Dra. Angelita Gama, no início da década de 1990 e que atualmente é mundialmente adotada como alternativa válida para pacientes com câncer da porção distal do reto que apresentam resposta clínica completa após tratamento com rádio e quimioterapia.

Observar e Esperar, Watch and Wait em inglês, significa acompanhar os pacientes de perto, com consultas e exames específicos frequentes e pode ser uma boa alternativa ao tratamento cirúrgico radical. Nesta estratégia, há o potencial de evitar uma intervenção cirúrgica de grande porte, que pode estar associada a complicação e mesmo a uma colostomia definitiva para desvio das fezes. A operação radical nessa estratégia somente torna-se necessária apenas quando não ocorre o desaparecimento total do tumor, ou quando ele reaparece.“Termos atualização das diretrizes para tratamento do câncer de reto, feita pela mais importante sociedade de oncologia clínica do mundo, com a publicação em importante periódico científico, tratando de forma específica pontos relevantes para o tratamento do câncer de reto, entre eles o Watch and Wait, que é algo muito significativo para nós e para a medicina brasileira. Passamos a ter voz e representatividade na principal sociedade de oncologia clínica do mundo. É muito gratificante saber que nossas opiniões, nossos estudos estão sendo ouvidos e considerados”, afirma o Dr. Rodrigo de Oliva Perez, head do Núcleo de coloproctologia e intestinos do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Tratamento global e individualizado

O especialista diz ainda que a Asco propõe o tratamento global do paciente com câncer de reto, baseado em achados específicos e detalhados de exame de ressonância magnética dedicada. “Finalmente a sociedade americana contempla que o tratamento de tumores de reto pode ser cada vez mais personalizado e individualizado, de acordo com achados de exames de imagem, baseados na ressonância magnética dedicada ao câncer retal”.

De acordo com Dr. Perez, na última década, a utilização da ressonância magnética dedicada, que permite a personalização do tratamento já é feita pelas equipes de radiologistas do Hospital a partir de protocolos estabelecidos e padronizados na Instituição que garantem ainda mais eficiência e assertividade nos diagnósticos, estadiamento e conduta definitiva.

Fonte: Anahp




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