Cirurgias bariátricas crescem 84,3% na saúde suplementar entre 2015 e 2023
20/08/2024

Considerada uma pandemia mundial, a obesidade é um grave problema de saúde pública, que está associada ao desenvolvimento de muitas outras doenças. Dentro desse cenário, a realização de cirurgias bariátricas é uma realidade e tem crescido de forma expressiva na saúde suplementar do Brasil. Entre 2015 e 2023, o número de procedimentos passou de 28,4 mil, em 2015, para 52,4 mil, em 2023, alta de 84,3%.

As informações são do novo estudo especial do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o Texto para Discussão nº 106 – O papel das cirurgias bariátricas no tratamento da obesidade: perspectivas da saúde suplementar no Brasil, que tem como base dados do Painel de dados do TISS (D-TISS).

Ao longo do período analisado, foram realizadas 331,1 mil cirurgias em beneficiários de planos de saúde. Nota-se que, de modo geral, entre 2015 e 2020 houve crescimento gradual, passando de 28,4 mil para 33,4 mil, respectivamente. No entanto, nos anos seguintes, mesmo durante a pandemia de Covid-19, o crescimento foi bastante representativo – 43% entre 2020 e 2021 e 15% entre 2021e 2022. Já entre 2022 e 2023 houve leve queda de 4,7%.
 

Levando-se em conta a evolução do número de procedimentos por sexo do beneficiário, o estudo mostra que a grande maioria de cirurgias se deu entre as mulheres. Para se ter uma ideia, entre 2015 e 2023, houve crescimento expressivo de 99,5%, passando de 20,9 mil para 41,7 mil, respectivamente.

“A obesidade continua sendo um grave problema de saúde e a projeção não é muito animadora para o Brasil e para o mundo. Isso porque se estima que a taxa de prevalência cresça de forma substancial nos próximos anos, caso não sejam implementadas políticas públicas ou privadas efetivas, visando a sua redução e contenção. Por isso, é fundamental que o setor público promova educação e políticas para sua contenção e cada vez mais as pessoas entendam a importância de manter hábitos e estilo de vida mais saudáveis”, ponderou o superintendente executivo do IESS, José Cechin, ao lembrar que o custo por beneficiário representa R$ R$ 33 mil por ano e 22% dos sinistros, entre 2015 e 2021, (R$ 4,8 bilhões) estão relacionados a consequências diretas com a doença.





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