Expectativa de aplicação em novas áreas

O casamento entre marketing e neurociência tem se mostrado uma união bem-sucedida. Mas a expectativa da FGV Projetos, braço de pesquisas da instituição, é que o mesmo aconteça em outras áreas, como educação e qualificação de pessoal.

Segundo Carlos Augusto Costa, coordenador do laboratório de neuromarketing da FGV, está nos planos da organização usar o espaço para desenvolver pesquisas em outros segmentos. Costa cita como exemplo o treinamento de um piloto de avião.

"A neurociência nos permite entender uma série de ações [certas ou erradas] tomadas automaticamente e que são inconscientemente omitidas em um relato em um questionário, por exemplo", afirmou o especialista. Com base nesse tipo de informação, é mais fácil treinar o profissional com base em deficiências específicas.

Em processos industriais, também seria possível identificar por quais motivos um determinado operário é mais rápido que os demais e treinar a equipe com base nos resultados do funcionário que é referência, de acordo com o coordenador do laboratório da FGV.

A área de ensino é outro potencial alvo da instituição. "Com os testes, será possível identificar os horário mais oportunos para o aprendizado de um determinado assunto, quantas horas por dia é ideal estudar e qual formato de conteúdo é compreendido mais facilmente", afirmou Costa.

As pesquisas realizadas no laboratório da FGV envolvem uma equipe interdisciplinar, que inclui sociólogos, neurocientistas, psicólogos, além de profissionais de marketing. (BC)