Há mais de 70 anos, o A.C.Camargo Cancer Center tem, entre seus propósitos, criar e compartilhar conhecimento para melhorar o acesso a tratamentos oncológicos de ponta no Brasil e no mundo. E como reconhecimento deste intuito, Felipe Coimbra, líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto, e Diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal, é o único brasileiro que foi nomeado membro do IHPBA (International Hepato Pancreato Biliary Association), organização dedicada a estudos e pesquisas para o tratamento de doenças hepáticas, pancreáticas e biliares.
A recente nomeação é fruto de anos de dedicação e contribuição científica na inovação e tratamento de tumores do aparelho digestivo alto.
“Estou profundamente honrado com a nomeação para o Comitê de Pesquisa da IHPBA. Esta conquista destaca a dedicação da medicina brasileira e reforça o A.C. Camargo Cancer Center como referência em pesquisa oncológica. Estou entusiasmado com as contribuições e avanços que podemos alcançar juntos”, comenta Dr. Felipe Coimbra, que fará parte do comitê até o ano de 2026.
Parâmetro da doença
Dentre os principais cânceres do aparelho digestivo alto estão o estômago, esôfago, intestino delgado, fígado, pâncreas, baço e intestino delgado, representando mais de 5% dos casos no A.C.Camargo.
Os avanços científicos em torno da patologia trouxeram impactos importantes na expectativa de sobrevida do paciente. Segundo o Observatório do Câncer, elaborado pelo A.C.Camargo Cancer Center, dentro do Centro de Referência de Tumores do Aparelho Digestivo Alto, a probabilidade de sobrevida para os adenocarcinomas de estômago era 25,2% e foi para 51,0% em pacientes do sexo masculino, entre as mulheres, era de 31,3% e passou para 58,5%, nos últimos 20 anos.
Esse avanço também foi significativo aos pacientes diagnosticados com câncer de pâncreas – tumor maligno que normalmente não leva ao aparecimento de sinais e sintomas nos estágios iniciais, sendo por isso mais letal. No A.C.Camargo, a taxa de sobrevida para todos os estadiamentos, incluindo a maioria em estágios muito avançados, cresceu de 3,9% para 17%, número expressivo considerando a agressividade da doença. Para se ter um parâmetro de comparação no mundo a expectativa de vida para a mesma doença é cerca de 5% em cinco anos. Para os casos mais iniciais a expectativa no A.C.Camargo chega a até 50% no estádio clínico I.