Pensando no maior conforto dos pacientes atendidos no pronto-socorro, o Hospital Albert Sabin adotou o protocolo que diminui o tempo de permanência no hospital de pacientes que se encontram em boas condições clínicas e podem aguardar os resultados de seus exames, após criteriosa avaliação do médico, em casa.

“A intenção desse procedimento é, primeiramente, não deixar o paciente aguardando um tempo desnecessário no PS, exposto a outros vírus e doenças. Enquanto a pessoa está aguardando resultados de exames, por exemplo, ela pode ficar no conforto do seu lar, longe dos já mencionados riscos, e o pronto socorro do hospital, por sua vez, consegue otimizar a mão de obra disponível, pois, esses pacientes que seriam reavaliados pelos médicos que estão atendendo em campo, passam a ser atendidos por outros médicos da tele reavaliação, deixando a equipe livre para o atendimento de novos pacientes”, explica Anthony Gueratto Klepp, clínico geral e coordenador do PS do HAS.
 

Para a eficácia da telerreavaliação, o paciente deve passar pela triagem, onde a enfermagem avalia a classificação de risco. A referência adotada é a Classificação de Risco de Manchester. Parâmetros como sinais vitais, pressão arterial, dor, temperatura, saturação, frequência cardíaca, frequência respiratória, entre outras, são medidas para que o paciente possa ser classificado por níveis de gravidade.

“No critério de Manchester, a classificação de gravidade passa pelos níveis, da menor para a maior, entre azul, verde, amarelo, laranja e vermelha. Os pacientes azuis e verdes são elegíveis a entrarem no fluxo da tele reavaliação”, diz Anthony.

Em épocas de epidemias, com casos de dengue, influenza e covid, o “desafogamento” do pronto socorro é de extrema valia e, portanto, após outra avaliação feita pela enfermagem, pacientes elegíveis para a tele reavaliação são medicados e liberados, caso queiram, para esperarem em casa o resultado dos exames.

“Importante ressaltar que a tele reavaliação só será adotada com a anuência do paciente e, principalmente, do médico e a equipe, pois somente esses profissionais são capazes de avaliar se a pessoa está realmente apta e fora de perigo para aguardar em casa pela telerreavaliação”, finaliza o médico do HAS.