Especializada em Transição de Cuidados, a YUNA garantiu um empréstimo de R$ 35 milhões do BID Invest, braço de investimentos privados do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Os recursos serão destinados ao desenvolvimento e à operação da primeira unidade da YUNA em São Paulo.

Há mais de um ano, a instituição iniciou as atividades com 46 leitos, fruto de investimentos próprios. O novo financiamento permitirá a expansão para 101 leitos, um aumento significativo que já está em andamento.
 

Este empréstimo é apenas o início de uma série de investimentos planejados, segundo Peer Buergin, CEO da YUNA. "O processo de aprovação levou mais de dois anos. Com o acompanhamento dessa primeira fase, esperamos continuar essa parceria, ampliando nossas operações para outras unidades", afirmou .

Os planos de expansão  incluem a meta de alcançar 500 leitos no Brasil por meio de fusões, aquisições e crescimento orgânico com a implantação de novas unidades. Entre os investidores adicionais estão family offices, empresas estratégicas e de capital privado.

“O BID como parceiro irá impulsionar nossa marca no mercado, especialmente em cidades como Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e no interior de São Paulo”, complementa Buergin.

Além do apoio financeiro, a parceria com o BID Invest prevê a adoção das melhores práticas internacionais para a gestão de riscos ambientais e sociais, em conformidade com a Política de Sustentabilidade do BID Invest. Isso inclui o desenvolvimento e implementação de um sistema de gestão ambiental e social, programas de eficiência energética e utilização sustentável da água, além de diretrizes rigorosas de segurança contra incêndios e proteção da vida humana.

Oportunidades para a Transição de Cuidados no Brasil

O setor de Transição de Cuidados no Brasil apresenta um potencial de crescimento significativo. Nos EUA, para cada 1.000 leitos de alta complexidade, existem cerca de 1.800 leitos de cuidados pós-agudos (PAC - Post-Acute Care); na Europa, essa proporção é de 1.000 para 300. No Brasil, a relação é drasticamente menor, com apenas 15 leitos de cuidados pós-agudos para cada 1.000 de alta complexidade. Este cenário destaca a necessidade e a oportunidade para a expansão do setor no país.