O setor de serviços, no qual se enquadram os hospitais e clínicas médicas, apresentou um crescimento de 21,3% no consumo de energia no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Diminuir os gastos com energia é um dos principais desafios para qualquer empresa da área da saúde. Esta preocupação tem motivado a migração em massa de hospitais e clínicas para o mercado livre de energia.
Ao contrário do mercado cativo, no mercado livre de energia, os hospitais e clínicas têm a liberdade de negociar contratos diretamente com os com as comercializadoras de energia. Essa liberdade oferece uma série de vantagens, incluindo a possibilidade de obter tarifas mais competitivas, customizar contratos de acordo com as necessidades específicas da instituição e diversificar as fontes de energia. Além disso, no mercado livre, os consumidores têm acesso a uma variedade de serviços adicionais, como consultoria em eficiência energética e soluções personalizadas de gestão de energia.
Quando falamos do setor de serviços de saúde, a economia pode chegar a 40%. Um dos elementos-chave para a redução na conta de luz é o uso de medidores inteligentes, equipamentos amplamente difundidos em países como Estados Unidos e Austrália e que começam a ganhar popularidade no Brasil graças à expansão do mercado livre de energia.
“Os hospitais e clínicas de saúde são conhecidos por seu alto consumo de energia, devido à necessidade de manter equipamentos essenciais funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana. Nesse contexto, os medidores inteligentes surgem como uma solução inovadora para monitorar e controlar o uso de energia de forma precisa e eficiente”, explicou Joana Waldburger, diretora-executiva da Tyr Energia.
Esses dispositivos utilizam tecnologias avançadas, como sensores e conexões de rede, para coletar dados em tempo real sobre o consumo de energia em diferentes áreas da instituição. Com base nessas informações detalhadas, os gestores de energia podem identificar padrões de consumo, identificar áreas de desperdício e implementar medidas corretivas para reduzir os custos e aumentar a eficiência energética. Por exemplo, os medidores inteligentes podem detectar equipamentos que consomem energia desnecessariamente quando não estão em uso e programá-los para entrar em modo de economia de energia automaticamente.
Os medidores também podem monitorar alas da área de tomografia, por exemplo, e até discriminar os diferentes centros de custos. Com esse monitoramento é possível separar contas e avaliar onde existe um maior consumo, ou mesmo se existir algum equipamento que não deveria estar ligado naquele horário. Ou seja, é possível monitorar de onde estão saindo os maiores gastos.
“Os medidores inteligentes e o mercado livre de energia representam duas inovações fundamentais que estão revolucionando a forma como hospitais e clínicas de saúde gerenciam seu consumo de energia. Ao adotar essas tecnologias, as instituições podem não apenas reduzir seus custos operacionais, mas também contribuir para um uso mais sustentável dos recursos energéticos. Num momento em que a eficiência e a economia são essenciais para o setor da saúde, investir em soluções de gestão de energia inteligentes é mais do que uma opção, é uma necessidade imperativa”, finalizou Waldburger.