Durante a 29ª edição da Hospitalar, o maior evento de saúde da América Latina, foi realizado um painel intitulado "Um caminho para viabilizar e acelerar a incorporação da inovação tecnológica", que contou com a participação de importantes nomes do setor: Reinaldo Manzini, Superintendente de Estrategia, Performance e Tecnologia da Unimed FESP; Carlos Eduardo Ferraz, Especialista em Relações Governamentais da Boston Scientific; e Alexandre Figrapell da DIPRO/ANS (Diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS).
A conversa, que virou bate-papo, destacou a necessidade de boas propostas e capital para tornar iniciativas inovadoras viáveis, enfatizando a importância de demonstrar que essas inovações são atraentes e práticas para serem implementadas em larga escala, especialmente considerando o vasto número de usuários dos serviços de saúde.
Outra questão abordada foi a necessidade de parcerias sólidas e abertas, não apenas focadas nos interesses individuais, mas visando descobrir materiais e tecnologias inéditas que possam beneficiar o sistema de saúde como um todo.
A importância da academia nesta jornada de avaliação e incorporação de inovações tecnológicas também não foi deixada de lado pelos especialistas, que ressaltaram que a colaboração entre universidades e operadoras de saúde é fundamental para conectar teoria e prática, permitindo que novas tecnologias sejam validadas e implementadas de maneira eficaz.
Um dos exemplos mencionados foi a iniciativa de um programa de bolsas para doutorandos, que visa aproximar a pesquisa acadêmica da prática no campo da saúde. Esse modelo busca fomentar a produção de conhecimento aplicado e relevante, beneficiando diretamente o sistema de saúde brasileiro.
Alexandre Figrapell abordou a questão da regulação e avaliação de novas tecnologias pela ANS, destacando a necessidade de um processo legal claro que permita a atualização e implementação de inovações de maneira ágil e responsável. “A ANS tem se esforçado para garantir que novas tecnologias sejam incorporadas ao sistema de saúde, mantendo um equilíbrio entre inovação e segurança para os pacientes”, enfatizou.
A mesa também discutiu o papel crescente da inteligência artificial (IA) e da tecnologia da informação no setor de saúde. A implementação de um centro de inteligência artificial foi citada como uma iniciativa crucial para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde.
“A IA pode ser usada para analisar grandes volumes de dados, otimizar processos e prever tendências, contribuindo para a inovação tecnológica no setor”, disse Reinaldo Manzini.
Em resumo, as tendências que não podem ficar de fora dessa conversa são a importância da colaboração entre startups, academia, operadoras de saúde e órgãos reguladores para viabilizar e acelerar a incorporação de inovações tecnológicas no setor de saúde. Os participantes concordaram que, embora existam desafios, as oportunidades são vastas e promissoras. A chave está em investir em parcerias estratégicas, pesquisa aplicada e regulação eficaz para garantir que as inovações beneficiem a todos os envolvidos no sistema de saúde.