Alice anunciou o reajuste de 11,21%, enquanto a média do mercado é de 19,5%. Iniciativa está na direção oposta dos planosde saúde empresariais, inclusive o período de reajuste nas mensalidades costuma gerar preocupação para as empresas, que enfrentam valores muitas vezes exorbitantes. Este ano, a apreensão é ainda maior, impulsionada pelo momento crítico do setor, marcado por altos níveis de sinistralidade. Fatores como fraudes e judicialização de tratamentos interferem bastante no cenário.
"Pelo terceiro ano consecutivo, registramos um dos menores reajustes para empresas. Isso é possível graças ao nosso modelo de gestão de saúde proativa, fundamentado na atenção primária e em tecnologia proprietária, que garante o cuidado correto, na hora certa e no lugar adequado para os funcionários. Além disso, adotamos uma metodologia pioneira de reajuste que utiliza o IPCA em vez do VCHM, proporcionando previsibilidade e transparência, o que é essencial para que o CHRO assuma um papel estratégico no negócio", explica André Florence, cofundador e CEO da Alice.
O VCMH leva em consideração a frequência de utilização dos serviços de saúde e os preços de consultas, exames, cirurgias, tratamentos e internações. Porém, os membros dos planos não têm acesso a esse índice e só recebem os valores atualizados após o reajuste já definido pelas grandes operadoras.
Além da diferença no cálculo do reajuste, o modelo de gestão de saúde, que engloba atenção primária, coordenação de cuidado e tecnologia, possibilita que o reajuste seja quase 42,5% menor do que o das grandes operadoras . A Alice tem como um de seus princípios acompanhar de perto cada indivíduo, promovendo saúde, antecipando cuidados, controlando melhor suas despesas e obtendo maior previsibilidade de custos.
“Precisamos focar na promoção da saúde por meio da atenção primária, na coordenação do cuidado, no uso da tecnologia como catalisadora e na remuneração dos profissionais de saúde com base em resultados. Somente assim as despesas, incluindo os reajustes, atingirão níveis razoáveis”, explica Florence. O cofundador também destaca a necessidade de reduzir gastos desnecessários com saúde.
Segundo estudos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), 40% dos exames e 18% das idas ao pronto-socorro poderiam ser evitados com coordenação de cuidado e atenção primária. “Esse problema é exacerbado pela maneira como lidamos com a saúde no Brasil, onde há um estímulo à solicitação de exames e procedimentos, muitas vezes desnecessários”, comenta André.
Os altos reajustes podem ser atribuídos à venda de planos com valores iniciais baixos, que exigem compensação posteriormente. “Na Alice, usamos valores reais desde o início, justamente para evitar a necessidade de reajustes exorbitantes para recuperar os preços, proporcionando maior segurança para nossas empresas clientes”, explica o CEO.
Benefícios de acordo com o tamanho da empresa
O reajuste de 11,21% se aplica a empresas com até 29 vidas, enquanto para as demais, o valor é calculado individualmente, seguindo o padrão do mercado. No entanto, a Alice também oferece benefícios para companhias que possuem entre 30 e 99 funcionários e aderem ao pool da operadora. “Para essas empresas um pouco maiores, que possuem planos sem reembolso, oferecemos um teto de reajuste de até duas vezes o valor do IPCA”, conclui André.