Santa Joana desenvolve ferramenta de Big Data e Inteligência Artificial para apoio à decisão e manejo de casos graves de pré-eclâmpsia
24/04/2024

Tecnologia contribuiu para redução dos casos de reinternação de pacientes acometidas pela hipertensão na gravidez, além do cuidado no pré-natal que diminui riscos para mãe e bebê.

No próximo 26 de abril é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. O tema também pede atenção especial à pressão alta durante a gravidez. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), a hipertensão na gestação é a maior causa de morte materna no Brasil, representando em torno de 35% dos óbitos a cada 100 mil nascidos. Além disso, as gestantes hipertensas têm mais risco de terem pré-eclâmpsia.

“A hipertensão e pré-eclâmpsia são o principal flagelo de saúde materna em nosso País. Cerca de 40% das pacientes que são internadas na UTI Semi-Intensiva da Instituição são mulheres acometidas com crises hipertensivas, tanto hipertensão crônica quanto pré-eclâmpsia. Por isso, é muito importante que o cuidado e a prevenção comecem no pré-natal”, destaca Dr. Eduardo Cordioli, diretor médico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana.

A pré-eclâmpsia é o aumento da pressão arterial a partir da 20ª semana de gestação, que pode acometer mulheres que normalmente apresentam ou não problemas de hipertensão. O quadro pode evoluir para um quadro grave da pré-eclâmpsia, sendo que sintomas são dor de cabeça, inchaço, retenção de líquidos, pressão alta e presença de proteína na urina. A evolução desse quadro pode levar à eclâmpsia, que causa convulsão, e à síndrome HELLP, com complicações com alto potencial de gravidade e risco de vida para o binômio mãe-bebê.

Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de mortalidade materna no Brasil retornou aos patamares pré-pandemia: após atingir a taxa de 117 mortes por 100 mil nascidos vivos em 2021, voltou a 57 —índice similar ao ano de 2019. Entretanto, ainda está longe da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS). A média mundial é de 223 mortes para cada 100 mil partos e a taxa de morte materna da Europa Ocidental é de 8 para cada 100 mil partos.

Aprimorando seus protocolos clínicos constantemente para obter os melhores resultados no tratamento do binômio mãe-bebê, o Hospital e Maternidade Santa Joana, referência em gestações de risco e de alta complexidade, desenvolveu uma ferramenta de Big Data e Inteligência Artificial, especialmente no que se refere ao apoio à decisão e ao manejo de casos graves de pré-eclâmpsia que contribuiu para a reduzir os casos de reinternação de pacientes acometidas pela doença, além de casos de politratamento e hemoderivados.

“Desde 2022 nossa taxa de morte materna, que já era uma das menores do mundo, é zero. Isso reforça que o cuidado, treinamento médico, protocolos, bem como ferramentas de apoio à decisão podem de fato impactar diretamente na saúde do paciente”, finaliza Cordioli.

Fonte: Anahp




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