Estamos carecas de saber que falta uma cultura de inovação no Brasil. Isso quer dizer que os brasileiros não têm criatividade? Não. Não é isso. O fato é que tem uma série de obstáculos para que a inovação seja considerada um aspecto estratégico dentro das organizações brasileiras.
As reclamações de empresários e investidores se assemelham nos quesitos: falta apoio governamental; o custo da inovação é alto, ou seja, vários fatores no sistema de produção, infraestrutura e educação encarecem a atividade de P&D no País; excesso de burocracia atrelada aos processos P&D; distanciamento entre empresas e academias; entre outros.
No índice global de inovação de 2014, organizado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo, na sigla em inglês), o Brasil ocupa a 61° posição de 143 países. Na Europa, por exemplo, o registro de um produto leva seis meses para acontecer e de uma patente até três anos. Já no Brasil, o tempo de três anos é para o registro de produtos e acima de sete anos para patentes.
Apesar de estarmos atrás em relação a muitos outros países, a inovação já virou assunto recorrente, principalmente depois da Lei de Inovação, promulgada no fim de 2004, e o advento de políticas públicas de fomentos nos últimos anos. Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a soma dos aportes públicos e privados em P&D foi de R$ 54,93 bilhões em 2012, o equivalente a 1,24% do PIB – percentual ainda longe da meta de 2%.
Quais são as empresas de saúde mais inovadoras?
De acordo com a publicação “As 100 Maiores Empresas mais Inovadoras”, do Valor Econômico em parceria com a Strategy& (julho de 2015), as farmacêuticas e as empresas de Ciências da Vida aparecem em primeiro lugar como as que mais investem em inovação, 100% das que participaram do estudo do Valor, com 136 empresas de diferentes ramos, afirmaram investir mais do que 5% de seu faturamento em P&D. O estudo contempla apenas instituições que faturam acima de R$ 750 milhões.
Em seguida, os nichos que mais investem são: TI e Telecom (38% delas investem mais do que 5% do faturamento); Serviços Financeiros (18% investem acima dos 5% do faturamento); Bens de Capital (8%); e Bens de Consumo (6%).
Na divisão por setor, a pesquisa traz as cinco que mais se destacaram entre as farmacêuticas: