A Volcanic, empresa especializada em comercialização de remédios à base de cannabis, anunciou que investirá R$ 150 milhões até 2026 em aquisições e novas linhas de medicamentos. A startup especializada em fitoterápicos está ampliando sua linha de atuação para comercializar suplementos conhecidos como OTX, aqueles oferecidos fora do balcão da farmácia com indicação médica, além de medicamentos, suplementos e dermocosméticos de precisão. A expectativa é alcançar R$ 148 milhões em vendas em até dois anos.
Em 2024, os investimentos ficarão na ordem R$ 30 milhões, que inclui a aquisição das operações da Elleven Health Care, especializada em suplementos OTX e produtos de cannabis, e a abertura de um laboratório em São Paulo focado em tratamentos de precisão. Com a aquisição, a empresa passa a disponibilizar imediatamente para a classe médica 15 produtos de cannabis além de dispor de 18 formulações de produtos complementares para serem lançadas nos próximos meses, marcando seu compromisso com a inovação e liderança no setor de saúde integrativa.
De acordo com o CEO da Volcanic, Pelayo Gutiérrez, o objetivo é oferecer tratamentos baseados em evidências científicas que busquem tratar as doenças de forma personalizada, entendendo a saúde como um conjunto que associa estes tratamentos a uma mudança no estilo de vida. “Algumas patologias necessitam de outros tipos de medicamentos que não são só os feitos à base de cannabis. Estamos ampliando nosso portfólio para atender a estes pacientes, e melhorar a vida de cerca de 80 milhões de pessoas que sofrem de doenças crônicas, refratárias e de males que não respondem aos tratamentos alopáticos ou tem grandes riscos de efeitos adversos”, explicou.
Com um ano de atuação, a Volcanic oferece produtos importados à base de cannabis medicinal para ajudar pacientes com doenças crônicas, doenças do sistema nervoso central e saúde mental.
Segundo Gutiérrez, a opção pela cannabis veio de uma decisão de mercado, ao olhar nichos com alto potencial de crescimento para concorrer de forma rentável com grandes grupos farmacêuticos. “Começamos com a cannabis porque identificamos uma linha de soluções para males que os medicamentos tradicionais não estavam conseguindo resolver, como dor crônica, insônia, autismo, epilepsia e doenças neurodegenerativas”, conclui.
Nesta nova etapa da empresa, o diretor médico será José Roberto Lazzarini, cofundador e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Fitomedicina (SOBRAFITO).