Referência nacional em transplantes de órgãos e tecidos, a Santa Casa de Porto Alegre atingiu nesta semana a importante marca de 750 transplantes de pulmão, incluindo 40 procedimentos com doadores vivos. Liderado pelo cirurgião José Camargo, também diretor do Centro de Transplantes da instituição, o Grupo de Transplante Pulmonar acumula uma série de conquistas desde sua fundação no final da década de 1970.
Segundo Camargo, o número de procedimentos realizados com o órgão na instituição representa 48% de todos os transplantes de pulmão realizados até hoje no Brasil. Esse feito reforça não apenas a posição de referência da Santa Casa no cenário nacional, mas também destaca a dedicação e a competência da equipe que, ao longo dos anos, tem se empenhado em proporcionar uma nova chance de vida para aqueles que enfrentam doenças pulmonares graves. “Mais do que uma extensão do trabalho realizado, esse número revela nosso compromisso com uma das virtudes mais indispensáveis para quem trabalha com transplantes: a disponibilidade”, ressalta o cirurgião.
Apesar da expressividade do marco, o diretor do Centro de Transplantes reforça que ainda é necessário avançar. “Comparado com 2021 e 2022, quando tivemos mais mortes na lista de espera do que conseguimos transplantar, o ano de 2023 foi um sucesso, mas ainda não alcançamos os níveis de 2018, quando chegamos a fazer 52 transplantes de pulmão no ano, representando um caso por semana. Estamos empenhados em retomar os melhores números pré pandemia e isso passa por um trabalho constante de conscientização”, lembra Camargo.
De acordo com a legislação em vigor, a família é a única responsável pela decisão final para a doação de órgãos, por isso, a importância de conversar sobre o tema com os familiares mais próximos. Acesse o site #1salva8 e saiba mais sobre a doação de órgãos.
Pioneirismo
Em 1989, o primeiro transplante de pulmão da Santa Casa também foi o primeiro transplante do tipo da América Latina, pioneirismo que tornou Camargo e a equipe referências no procedimento. Além disso, o cirurgião foi responsável pelo primeiro transplante de pulmão com doadores vivos feito fora dos Estados Unidos, em 1999.