O IMC – Instituto de Moléstias Cardiovasculares, de São José do Rio Preto (SP), realizou a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea de número 2.000, o que reforça sua condição de centro de referência em cardiologia no interior paulista. Um morador de Uchoa, de 71 anos, foi o 2.000º paciente a se submeter a este procedimento de alta complexidade e que requer um cirurgião com larga experiência e equipe que envolve 10 profissionais de várias especialidades na sala de operação.
“Devolver a saúde a estes milhares de moradores de nossa região e de outras partes do Brasil é a melhor maneira de celebrarmos estes 2.000 procedimentos, realizados ao longo de 30 anos no IMC”, afirmou cirurgião cardíaco Roberto Vito Ardito, médico que integra o corpo clínico do Instituto de Moléstias Cardiovasculares há 50 anos e para onde levou esta técnica cirúrgica de alta complexidade.
As 2.000 cirurgias foram realizadas em pacientes de todo o país com problemas graves no coração, como obstruções ateroscleróticas (placas de gordura ou calcificações), valvopatias e cardiopatias congênitas.
Para operar o paciente neste procedimento, a equipe cirúrgica do IMC conta com o auxílio de uma máquina de circulação extracorpórea, ou seja, pela qual a circulação de sangue do paciente é total ou parcialmente transportada para fora do organismo, passando por tubos e órgãos artificiais, sendo depois devolvido ao corpo.
A cirurgiã cardíaca do IMC Renata Bogdan explica que a máquina desempenha as funções do coração e do pulmão. “O sangue entra na máquina, que retira o gás carbônico, em troca por oxigênio, substituindo assim o pulmão. Depois o sangue, com a pressão arterial, temperatura e oxigenação necessárias, retorna ao sistema arterial do paciente. Desta maneira, a máquina faz o correspondente à bomba miocárdica ou coração”, detalha a cirurgiã, que opera junto com Dr. Ardito há 28 anos no IMC de Rio Preto.
A máquina, assim, oferece três condições essenciais à realização da cirurgia:
- mantém todos os órgãos do paciente em plena atividade;
- propicia que o coração a ser operado esteja inativo e livre de sangue;
- permite ao médico dispor de mais tempo para abordagem cirúrgica.
Dr. Ardito ressalta que o advento da cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea resultou em avanço enorme das cardiopatias com grande resolutividade. “A invenção da máquina que nos auxilia e o seu desenvolvimento foram muito importantes, contudo, para primordiais para o sucesso da operação são a experiência e o conhecimento do cirurgião e equipe”, salienta o médico do IMC.
O Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, de Rio Preto, é referência no interior paulista no atendimento e tratamento de pacientes com problemas e doenças cardíacas e vasculares, como também no ensino e pesquisa, sendo formador de centenas de médicos e na condução de estudos nacionais e internacionais ao longo de mais de cinco décadas.
O IMC possui aproximadamente 100 médicos renomados e mais de 400 profissionais de outras áreas da saúde e de apoio. Realiza em torno de 3 mil consultas mensais e 310 mil exames ao ano, em pacientes provenientes de vários estados.
Embora a sigla IMC esteja associada à cardiologia, hoje, o instituto possui outras diversas especialidades clínicas e cirúrgicas, entre elas: ortopedia, cirurgia geral, urologia, nefrologia, hematologia, endocrinologia, cirurgia plástica e outras.
O IMC possui hospital estruturado com centro cirúrgico, UTI (com 9 leitos) e enfermaria (com 22 leitos) num ambiente moderno e acolhedor, oferecendo ao seu corpo clínico plenas condições de realizarem atendimentos clínicos e cirúrgicos de várias especialidades da medicina, proporcionando aos seus pacientes um cuidado integrado e de excelência.