Após ter conseguido bater a Meta do Milênio em 2015, e reduzir a propagação do vírus da Aids, a projeção global agora é mais ambiciosa: erradicar o vírus em 2030, disse a Nações Unidas contra a Aids (Unaids).
No relatório “Como a Aids mudou tudo”, a agência aponta que, em 2014, 84 países, que representam 83% de toda a população que vive com HIV (37 milhões em nível mundial), parou o avanço ou deteve a epidemia, incluindo alguns dos países mais afetados, como Índia, Quênia, Moçambique, África do Sul e Zimbábue. Entre as conquistas alcançadas nesta etapa destacase a redução das novas infecções por HIV em 35%, ao passar de 3,1 milhões de contágios em 2001 a dois em 2014, e das mortes relacionadas com a Aids, que caíram 41%.
A incidência da Aids entre os jovens caiu 37%, enquanto 73% das mulheres grávidas soropositivos recebem tratamento para não infectar seus filhos, rede de transmissão que Cuba foi o primeiro país a eliminar.
“Os novos casos caíram entre as crianças, até 58%, e em breve deixarão de contrair a doença”, sustenta o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. A epidemia se deteve em 22 países, e caiu 20% em 62 Estados, embora tenha aumentado 20% em outros 56. Enquanto no ano 2000 menos de 700 mil pessoas recebiam tratamento contra a Aids, hoje, 15 milhões de pessoas têm acesso a retrovirais. Outra conquista foi a redução do preço destes remédios, que passaram de US$ 10 mil por ano em 2000 a menos de US$ 100 uma década depois.