Após um longo período de crescimento expressivo, a OdontoPrev amarga pelo segundo trimestre consecutivo queda no lucro líquido. Neste último balanço, a operadora de planos dentais também registrou redução no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e em sua margem.
O lucro líquido caiu 23%, ficando em R$ 27 milhões, e o Ebtida diminuiu 12,1% para R$ 39,2 milhões no quarto trimestre do ano passado. A margem Ebitda também encolheu para 19,5%, o que representa uma redução de 6,7 pontos percentuais quando comparada a um ano antes.
A companhia conseguiu captar 137,2 mil novos clientes entre setembro e dezembro, o que contribuiu para o crescimento de 10,7% na receita líquida, que somou R$ 248,2 milhões. Porém, os custos de serviços - que englobam, por exemplo, honorários dos dentistas e materiais odontológicos - tiveram aumento de 21% no quarto trimestre. Além disso, o resultado financeiro líquido da companhia despencou 40% para R$ 2,4 milhões.
Diante da combinação desses fatores, a OdontoPrev viu sua sinistralidade (índice que mede o uso do plano) disparar para 54,6% no último trimestre - no mesmo período de 2011 foi de 47,1%.
O fator positivo no período foi a captação de novos clientes. O mercado estimava que a OdontoPrev conquistaria apenas 125 mil usuários, mas esse número chegou a 137,2 mil. No mesmo trimestre de 2011, foram captados 128,8 mil novos usuários. Nos nove primeiros meses do ano passado, a empresa vinha registrando quedas consecutivas nesse item por conta da redução no volume de novas carteiras de trabalho registradas.
Ao contrário do que ocorria nos outros anos, a carteira de clientes OdontoPrev cresceu abaixo do mercado. A companhia encerrou o último trimestre com quase 6 milhões de beneficiários, o que representa uma alta de 8%. Já o setor cresceu 12,1% atingindo 18,4 milhões de clientes.
Por esses motivos, especialistas olham com atenção os números da companhia. Relatório de prévia de resultados da corretora do banco Santander alertava que se os resultados do quarto trimestre viessem fracos, haveria a possibilidade de os analistas revisarem para baixo as expectativas de crescimento da companhia que é a líder disparada do setor, com quase 6 milhões de clientes.
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