Estimulante sexual: 29% dos homens usam
16/07/2015

Os homens brasileiros estão usando estimulante sexual por conta própria. É o que revela uma pesquisa divulgada ontem, pela Sociedade Brasileira de Urologia. O levantamento mostra que 29% dos homens usam estimulante sexual, sendo que, destes, 62% não tomam por recomendação médica. A maioria usa o remédio por indicação de amigos ( 41%) ou compra direto na farmácia ( 39%). Há ainda uma parte que compra no camelô: 5%.— Quem acha que tem que usar não procura um médico para isso. É um contrassenso, porque temos que avaliar se o paciente precisa ou não deste medicamento — comenta o urologista Carlos Sacomani, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia, que apresentou a pesquisa.

Ainda de acordo com a pesquisa, que teve apoio da Bayer, entre os que usam os remédios, 55% tomam para melhorar a performance e ter maior tempo de ereção. Outros 25% usam para aumentar o apetite sexual.

Segundo o levantamento, 28% já se depararam com a falta de ereção. Quando se trata de desempenho sexual, o maior medo de 42% dos brasileiros é o de não ter ereção, enquanto 24% temem não satisfazer a companheira. Outros 25% citam como principal temor não sentir mais prazer. No relacionamento, o que mais incomoda 64% é falhar na “hora H”.

— A preocupação com ereção é algo que vem há cinco mil anos — afirma a psicanalista Regina Navarro Lins.

A cada cem entrevistados, 51 nunca foram ao urologista. No grupo dos que vão ao especialista, 28% vão ao médico uma vez ao ano. Outros 15% relataram ter passado por uma consulta há mais de três anos. A principal razão citada para não ir ao médico é a falta de tempo ( 33%), mas 32% reconhecem não ter motivo. E 15% evitam a consulta por medo de detectar algum problema.

Dos problemas de saúde, os homens têm mais medo de infarto ( 28%). No entanto, eles temem mais a impotência ( 19%) do que o câncer de próstata (14%) e o diabetes (13%). E 57% não sabem o que é andropausa (queda progressiva dos hormônios masculinos). Quem conhece mencionou que os sintomas são ausência de ereção e diminuição do desejo sexual.

PORTO ALEGRE: 98% SÃO INFIÉIS

A pesquisa mostrou ainda que mais da metade dos brasileiros já traiu a mulher ou namorada. E em Porto Alegre está o maior índice dos infiéis entre oito capitais: 98%. O menor percentual é dos paulistas: 20%. No Rio de Janeiro, 63% dos homens admitiram a traição.

— A palavra traição traz uma carga negativa. Hoje, algumas pessoas têm relações extraconjugais ; depende dos seus valores — opina Regina Navarro Lins.

De acordo com o levantamento, 51% dos homens assumiram a traição. Em Recife, o percentual dos infiéis chega a 67%. Em Salvador, são 58%. Já em Belo Horizonte o índice é de 42%. Curitiba e Brasília têm, respectivamente, 34% e 27%.

Segundo Regina, muitos casais vivem um conflito entre o desejo de liberdade e a vontade de ficar fechado numa relação a dois.

— Daqui a algum tempo, mais pessoas vão optar por relações múltiplas. O grande desafio dos casais parece ser uma das par tes propor a abertura do relacionamento — completa a psicanalista.

O cardiologista Maurício Wajngar-ten, médico assistente do Hospital das Clínicas da USP, ressalta a diferença de abordagem da traição entre homens e mulheres.

— Notamos que, para o homem, a traição é uma glória. Ele dá nome e sobrenome, conta para o amigo. A mulher não pode falar, mas tem muita mulher que trai — comenta o médico.

O MEDO DA TRAIÇÃO

Por outro lado, depois do medo de falhar na “hora H”, ser traído é o segundo temor dos homens brasileiros: 21%. Entre as capitais, em Curitiba, 34% têm medo de ser traídos. No Rio de Janeiro, a preocupação afeta 30% dos homens. Já em São Paulo, o índice fica em 24%. Em Brasília e Recife, o percentual é igual: 23%. O medo entre os gaúchos é menor, fica em 20%. Em Belo Horizonte, esse temor cai mais: 18%. Mas quem menos teme ser traído são os homens de Salvador, com 9%.

A pesquisa foi feita com 3.200 homens com mais de 35 anos, em oito capitais, no mês de junho.





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