Em um país em que a automedicação é um hábito cotidiano de quase 80% de sua população, segundo o último levantamento feito pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), no qual quase metade dos brasileiros tem uma doença crônica, de acordo com dados do Ministério da Saúde, e onde devem ser vendidos ao menos 52 milhões de celulares inteligentes apenas neste ano, como aponta estimativa da Consultoria IDC, a união entre tecnologia móvel e medicina pode ser um diferencial para melhorar a performance do sistema de saúde e impactar positivamente nos seus resultados.
Com essa visão, surge no mercado o Dr. Recomenda, plataforma multicanal de comunicação que facilita para o paciente o acesso e o entendimento das orientações médicas. Pela ferramenta, médicos acessam o site durante a consulta e transmitem, em tempo real, suas recomendações, pedidos de exames e receitas de remédios para o aplicativo do paciente em seu smartphone ou tablet. O usuário, então, recebe orientações sobre sua doença, a forma correta do uso do medicamento, além de lembretes automáticos sobre data para realizar exames e retornar em consulta, sempre com o reforço da recomendação de seu médico.
Criado e fundado por Regina Diniz, médica endocrinologista, e Luiza Granado, economista com especialização na área da saúde, o Dr. Recomenda é uma ferramenta digital que visa ampliar a adesão ao tratamento de doenças crônicas, considerado um dos maiores desafios do século 21 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e responsável por 75% dos custos com saúde no mundo, estimados em 47 trilhões de dólares até 2030. Análises internas de BI, realizadas no mercado farmacêutico mostram que, para algumas doenças, a média de adesão ao uso do medicamento é de apenas três meses, quando deveriam ser usados cronicamente ao longo da vida.
“Hoje os pacientes saem das consultas com receitas e pedidos de exames em mãos, mas sem nenhum registro de explicações sobre seu diagnóstico e sobre as orientações médicas, o que dificulta a adesão ao tratamento. Assim, o paciente esquece as recomendações e não sabe como administrar suas doenças. Com o app, os pacientes recebem, na palma da mão, todas as informações necessárias para se engajar no tratamento”, explica Regina Diniz, CEO e Diretora Médica do Dr. Recomenda. “Do outro lado, os médicos, também encontram no aplicativo todo o perfil e histórico do paciente, além de mais um canal de contato, o que pode fazer diferença no processo rumo ao diagnóstico correto, além de otimizar o tempo de atendimento”, complementa.
O Dr. Recomenda surge num momento em que soluções digitais para o segmento de saúde apresentam elevadas taxas de crescimento, sobretudo Mobile Health, cuja expectativa de crescimento é de 49,7% de 2014 até 2020, segundo levantamento recente do Instituto de pesquisa norte-americano Grand View Research. Nos EUA, o investimento em Health Tech em 2014 atingiu US$ 4,1 bi, quase se igualando ao investimento realizado nos três anos anteriores, segundo levantamento da Rock Health. Os números têm atraído investimentos crescentes para o setor, que deve movimentar 49 bilhões de dólares globalmente até 2020.
Além dos médicos, o aplicativo também conecta os pacientes com laboratórios de análise e indústrias de fármacos. O próximo passo da empresa é conectar planos de saúde e empregadores (saúde corporativa), fornecendo dados sobre risco epidemiológico da carteira de usuários para que estas empresas possam otimizar o uso dos recursos e direcionar suas campanhas de saúde. Todas essas ações podem ser feitas utilizando a própria plataforma, que fornece a esses players um dashboard que mostra o nível de engajamento de médicos e pacientes, em tempo real, e abre um canal de comunicação direto com os usuários, tanto de forma individualizada como em grupos.
O aplicativo do Dr. Recomenda pode ser baixado gratuitamente nos sistemas Android e iOS.