Qual a relação da dor com o custo da Saúde?
13/07/2015 - por Dr. Durval Campos Kraychete

 

A dor é um sintoma prevalente em pacientes oncológicos e, apesar da alta incidência – em torno de 80% -, ainda é subdiagnosticada e tratada como um aspecto secundário da doença. Por se tratar de uma experiência física e emocional desagradável, tem alto impacto na qualidade de vida do indivíduo e, muitas vezes, prejudica adesão ao tratamento, afetando os índices de sobrevida. A dor normalmente é provocada pelo próprio tumor e seu avanço no organismo, mas também pode ser decorrente das terapias antineoplásicas.

A publicação do Consenso Brasileiro sobre Manejo da Dor Relacionada ao Câncer, ocorrida no último ano, foi um passo importante para incentivar a discussão do tema. No entanto, é pouco efetivo trabalhar a conscientização dos médicos e demais profissionais de saúde se o acesso aos tratamentos para dor ainda é restrito a uma pequena parcela da população.

Em 2013, os pacientes com câncer foram beneficiados com a aprovação da lei 12.880, que garantiu o acesso ao tratamento domiciliar e por via oral contra os efeitos colaterais da terapia oncológica oferecidos pelos planos de saúde. A Diretriz de Utilização Terapêutica aprovada pela ANS, entretanto, prevê em seu texto que o tratamento seja oferecido apenas aos pacientes que sofrem com dores oncológicas neuropáticas. Aqueles que apresentam outros tipos de dores, e que representam quase 30% do total, não foram contemplados com a medida. Como a maioria dos pacientes não pode arcar com os altos custos dos tratamentos particulares, acabam recorrendo ao tratamento hospitalar, mais invasivo e custoso.

tags: gestao,mercado




Obrigado por comentar!
Erro!
Contato
+55 11 5561-6553
Av. Rouxinol, 84, cj. 92
Indianópolis - São Paulo/SP