Enquanto a rede de atendimento dos planos de saúde cresce, o número de beneficiários apresenta queda de 10,6 mil nos três primeiros meses do ano. Ou seja, houve um aumento da oferta de rede acima do volume de ingresso de novos vínculos, segundo análise do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
Os planos individuais e coletivos por adesão (contração feita por entidades de classe) foram os responsáveis pelas baixas. É a primeira vez que o setor registra uma variação negativa num primeiro trimestre. Entre janeiro e março, a variação foi de 0,02%, enquanto no trimestre anterior (2014), o crescimento foi de 0,7%.
O resultado deste trimestre parece esboçar a tendência de que, com o aumento da taxa de desemprego, diminuição do poder aquisitivo da população e aumento da inflação, haja desistência nas contratações de planos.
Atualmente o segmento de planos empresariais representa 66% do total do mercado de saúde suplementar, ou seja, o risco do desemprego assombra a estabilidade dos planos. Para se ter ideia, em maio, 115 mil postos de trabalho foram fechados.