Um levantamento realizado pela Funcional Health Tech, pioneira e líder em programas de acesso e adesão e em data driven care no Brasil há mais de 24 anos, com uma amostra de mais de 200 mil vidas que fazem parte da sua base de dados de Health Analytics, apontou que o estado do Rio de Janeiro é o estado mais caro para se realizar exames de câncer de próstata no país, sendo o único onde o custo dos quatro exames relacionados à doença custam mais do que a média nacional.
Enquanto a média nacional do exame de antígeno específico prostático total (PSA) é de R$26,04, os cariocas pagam em média R$30,42. Já nos exames de US próstata transretal e US próstata via abdominal, a média nacional é de R$110,72 e R$61,22, enquanto no Rio de Janeiro os valores são de R$124,97 e R$75,21, respectivamente. Por fim, o exame de RM de próstata , apresenta o valor mais alto do país, de R$566,25, enquanto a média nacional é de R$504,34.
Outro dado constatado pelo mesmo levantamento é a diminuição entre os anos de 2022 e 2023 de 15,7% no número de exames de PSA realizados em todo o país. Este tipo de exame acontece a partir da coleta e análise de sangue por meio de um marcador tumoral que pode indicar a presença do câncer de próstata, e pode ser realizado em pacientes assintomáticos e também naqueles que apresentam sintomas, para confirmação de diagnóstico.
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número de casos de câncer de próstata estimado para o triênio de 2023 a 2025 no Brasil é de 71.730 casos, sendo o mais comum entre os homens (com exceção do câncer de pele) e representa um risco estimado de cerca de 67 casos novos a cada 100 mil homens.
Ainda existem barreiras para a conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde, segundo pesquisa realizada pelo Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo, revelando que cerca de 70% dos homens foram influenciados por outras pessoas a procurar atendimento médico.
“Historicamente esse é um problema conhecido, os homens só procuram ajuda médica quando estão sentindo muitas dores ou quando são levados por familiares ou cônjuges por se queixarem de incômodos recorrentes. Essa ação pode indicar um estágio mais avançado da doença, seja ela qual for, levando a danos muito mais sérios e irreversíveis em alguns casos”, destaca o Dr. Alexandre Vieira, médico, Chief Health Officer e Diretor de Analytics na Funcional Health Tech.