A Philips, empresa global de tecnologia em saúde, acaba de lançar a edição 2023 do relatório Future Health Index (FHI), baseado em pesquisas proprietárias e exclusivas, pelo oitavo ano consecutivo. O estudo combina uma pesquisa quantitativa e entrevistas qualitativas para compreender como os países em todo o mundo estão enfrentando os desafios globais de saúde, melhorando e expandindo a sua capacidade de cuidar e atender às suas comunidades.
"O Future Health Index 2023 demonstra a importância da visão partilhada dos líderes e jovens profissionais de saúde: uma visão de cuidados conectados, convenientes e sustentáveis, prestados nos mais diversos ambientes e impulsionados pela presença transformadora da tecnologia digital e da inteligência artificial. No entanto, essa visão requer maior colaboração, tanto dentro como fora das organizações de saúde. O relatório é uma importante ferramenta para inspirar os líderes a trabalhar em direção a um futuro em que os cuidados de saúde sejam verdadeiramente centrados no paciente, proporcionando cuidado de alta qualidade, apesar dos desafios atuais", diz Fabia Tetteroo- Bueno, vice-presidente e gerente geral da Philips América Latina.
A edição 2023 envolveu cerca de 3 mil entrevistados, de 14 países, incluindo o Brasil. O relatório revela como os líderes de saúde estão reconhecendo a necessidade de estabelecer parcerias diversas para expandir o alcance dos serviços de saúde nas comunidades, e como estão abordando a escassez urgente de mão de obra com inovações digitais para trazer os cuidados centrados no paciente.
"Neste conceito, além das parcerias, as tecnologias digitais de saúde podem ajudar a reduzir o impacto da escassez de mão de obra”, acrescenta o Dr. Eli Szwarc. De acordo com líderes de saúde no Brasil que usam a tecnologia digital dessa forma, soluções que se conectam a ambientes fora do hospital são uma opção popular (67%). A tecnologia de fluxo de trabalho e a tecnologia baseada em nuvem para apoiar o acesso à informação a partir de qualquer lugar (ambas 47%) também são importantes para os entrevistados.“
Outro destaque é o uso de IA. Os líderes de saúde entrevistados acolhem com satisfação o foco dos líderes na tecnologia. Estar na vanguarda da IA nos cuidados de saúde surgiu como uma consideração relevante para os profissionais de saúde mais jovens ao escolherem um hospital ou estabelecimento de saúde para trabalhar, conforme citado por 64% dos entrevistados, um número superior à média global (49%).
No entanto, os desafios de escassez de mão de obra não são os únicos problemas enfrentados pelo sistema de saúde do Brasil. O financiamento continua a ser uma preocupação devido às alterações demográficas e ao custo da resposta à pandemia de COVID-19. Refletindo esses fatores macroeconômicos, todos os líderes brasileiros de saúde afirmam estar sob pressão financeira, mais do que a média global (96%). Quando se trata de soluções financeiras específicas, utilizam uma combinação de abordagens: as opções preferidas incluem a redução do tempo de permanência hospitalar sempre que possível (43%) e explorar novos modelos de compra para reduzir custos (38%).
Para otimizar a eficiência operacional e integrar diagnósticos, os líderes de saúde continuam a adotar a IA nos seus hospitais ou unidades de saúde. Inclusive, o Brasil é um dos quatro principais mercados que citam a IA como foco principal. Prova disso, é que mais de três quartos dos líderes de saúde (79%) afirmam que estão investindo em pelo menos uma tecnologia de IA, um valor superior à média global (59%).
Atualmente, 31% dos líderes de saúde no Brasil estão investindo em IA para otimizar a eficiência operacional, incluindo a automatização da documentação necessária, agendamento de pacientes, equipes e tarefas e melhoria do fluxo de trabalho. Entretanto, 27% estão investindo em IA para integrar diagnósticos, 26% estão investindo em IA para apoio à decisão clínica e 25% estão apostando em IA para prever resultados. Em termos de investimentos futuros, 35% dos líderes de saúde gostariam de investir em Inteligência Artificial para prever resultados, um salto de 10%. A proporção que planeja investir em IA para integrar diagnósticos também sobe para 34%.
Os líderes de saúde também estão positivos em relação ao atendimento virtual. Em particular, o atendimento virtual prestado por profissionais de saúde para profissionais de saúde é favorecido tanto por líderes quanto por jovens profissionais da área. Tudo para tornar a saúde mais acessível e próxima ao paciente.
Líderes brasileiros de saúde adotam atendimento virtual. Mais da metade (51%) afirma que o seu hospital ou organização de saúde está investindo em pelo menos uma tecnologia de cuidados virtuais. No entanto, 46% esperam investir em pelo menos uma tecnologia de serviço virtual em três anos. “Embora esse número seja superior à média global (32%), reflete uma tendência internacional de redução do investimento em serviços virtuais ao longo do tempo. Isso provavelmente é resultado de uma mudança nos gastos de investimento de capital para equipamentos e manutenção de infraestruturas”, afirma o Dr. Eli Szwarc.
É urgente e necessário investir em cuidados de saúde mais conectados, acessíveis e sustentáveis por meio da tecnologia digital em todos os cenários de cuidados. Como mostra o Future Health Index deste ano, a colaboração assume muitas formas. Os prestadores de cuidados de saúde estão estabelecendo parcerias com outras organizações em toda a cadeia de valor dos cuidados de saúde para oferecer cuidados mais personalizados e integrados.
Outras partes interessadas, como os governos e os pagadores, também têm um papel fundamental a desempenhar na promoção de novos modelos de cuidados. Em parceria com todas as partes interessadas, eles podem ajudar a desenvolver e implementar as normas e incentivos comuns necessários para reduzir a variação e promover a harmonização em todo o ecossistema dos cuidados de saúde.
"No futuro, as evidências clínicas e econômicas dos benefícios dos novos modelos de prestação de cuidados serão um fator chave para impulsionar uma maior adoção por parte dos prestadores e pagadores. Da mesma forma, a capacidade de medir o progresso em direção aos objetivos de sustentabilidade ambiental ajudará a impulsionar iniciativas verdes nos cuidados de saúde. Em última análise, os pacientes e o planeta se beneficiarão de novos modelos de prestação de cuidados que atendam todas as pessoas, em qualquer lugar", conclui o Dr. Eli Szwarc.