A falta de imunoglobulina durante a pandemia acendeu o sinal de alerta em todo o planeta para a necessidade desse medicamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que os grandes países façam a sua captação de plasma e a autoprodução de imunoglobulina. O Brasil conta com um projeto junto à Hemobrás utilizando o plasma excedente da doação de sangue, que atualmente gira em torno de 500 mil litros por ano, que resulta em 2 toneladas de imunoglobulina.
“No ano de 2022, mesmo com uma grande falta da imunoglobulina humana no mercado, o consumo no Brasil atingiu mais de 5 toneladas de imunoglobulina humana. Ou seja, mesmo que a Hemobrás trabalhe na sua capacidade máxima, não teremos nem a metade da quantidade que foi necessária no ano passado”, explica Gesmar Rodrigues Silva Segundo, membro do Departamento Científico de Erros Inatos da Imunidade da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
O especialista comenta sobre a importância da PEC do Plasma. “O que está em discussão é se empresas privadas poderão participar, aumentando a captação e fracionamento do plasma e, consequentemente, aumentando a produção da imunoglobulina humana, usada em pacientes com erros inatos da imunidade, doenças autoimunes e câncer, além de outras especialidades que usam imunoglobulina”, destaca Gesmar.