A Johnson & Johnson MedTech esteve presente, mais uma vez, no HIS - Healthcare Innovation Show, um dos principais eventos de soluções em saúde realizados no país.
A empresa participou do evento trazendo um painel de 30 minutos com o tema: “Uso da inteligência artificial para diagnóstico de doenças subnotificadas | Arritmias”. Durante a apresentação, especialistas da Johnson & Johnson MedTech e da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, estiveram presentes. A Dasa foi representada pelo Dr. Victor Gadelha, head de inovações médicas dos hospitais, e pelo Dr. Bruno Pinto, diretor-geral do Hospital Nove de Julho, um dos centros de referência da rede em São Paulo. Eles contaram sobre como a união entre os players tem ajudado a melhorar o diagnóstico de um dos principais subtipos de arritmias: a fibrilação atrial.
O que é arritmia e fibrilação atrial
Arritmia é uma condição relacionada a alterações nos batimentos cardíacos, que podem ser mais acelerados ou mais lentos. A fibrilação atrial, um subtipo de arritmia cardíaca muito comum, é caracterizada pelo ritmo acelerado e irregular dos átrios do coração.
Estima-se que a doença atinja cerca de 2,5% da população mundial, o equivalente a 175 milhões de pessoas, sendo a segunda maior causa de mortes em todo o mundo.1
No Brasil, alguns dados dão a dimensão da fibrilação atrial e por que ela precisa ser olhada com mais cuidado. Estimativas apontam que:
Estudos associam que pacientes com fibrilação atrial têm um risco até cinco vezes maior de desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC) ou insuficiência cardíaca e estão em um risco duas vezes maior de mortalidade do que aqueles sem a doença.4,5
O que pode agravar ainda mais esse quadro é que muitas pessoas não sabem que têm fibrilação atrial, pois não são diagnosticadas adequadamente.
Como o uso da inteligência artificial pode ajudar a mudar essa realidade
A inteligência artificial vem ganhando espaço na área da saúde para melhorar o diagnóstico, o tratamento, as pesquisas e o desenvolvimento de medicamentos e tecnologias.
A Johnson & Johnson MedTech acredita que a inteligência artificial possui um grande potencial para promover a saúde humana em escala global. Por isso, tem focado seus esforços em encontrar soluções para grandes questões que possam agregar valor aos pacientes.
Um dos principais casos de uso de inteligência artificial da empresa no Brasil tem sido por meio da digitalização de linhas de cuidado cirúrgicas. As soluções são criadas em uma parceria entre a Johnson & Johnson MedTech, instituições hospitalares e startups da saúde, pelas quais estabelece uma jornada de atendimento do paciente, com protocolos baseados em dados globais de economia de acesso, para ampliar o diagnóstico e melhor navegação digital do paciente pelo sistema de cuidado, fazendo com que o seu tratamento seja integrado e facilitado, o que proporciona resultados pertinentes.
No início de 2023, a empresa desenvolveu um projeto de open innovation (inovação aberta) com o Hospital Nove de Julho, em São Paulo, e a startup Neomed, uma healthtech brasileira que desenvolve soluções em tecnologia para diminuir a mortalidade cardiovascular.
O projeto tem o objetivo de identificar e tratar pacientes com fibrilação atrial e acompanhá-los em toda a sua jornada de tratamento, que se inicia no diagnóstico. Esse cenário vai ao encontro de uma das principais preocupações da Johnson & Johnson MedTech de levar valor para o ecossistema de saúde, o que inclui pagadores, provedores, médicos, pacientes, indústrias, entre outros.
A Johnson & Johnson MedTech acredita na importância de construir alianças e soluções estratégicas com os seus parceiros para endereçar as principais necessidades do mercado de saúde.
O que motivou a criação dessa parceria foi o fato de não haver uma linha de cuidado estruturada para o paciente com fibrilação atrial. Estes são subdiagnosticados e, consequentemente, subtratados, o que aumenta o risco de complicações e de morte.
Por isso, a fornecedora de tecnologia médica decidiu unir sua experiência no desenvolvimento de produtos que contribuem para o tratamento de doenças cardiovasculares com a inovação da Neomed para o diagnóstico precoce e o conhecimento e infraestrutura do Hospital Nove de Julho para oferecer o melhor cuidado ao paciente.
A solução almeja o melhor tratamento com foco no melhor desfecho clínico, o que resulta em melhor custo-efetividade do sistema de saúde no tratamento da doença.
Assertividade diagnóstica e apoio nas decisões de tratamento
Todos os pacientes que realizam um exame de eletrocardiograma no Hospital Nove de Julho têm seus resultados inseridos na plataforma da Neomed. O software, chamado KARDIA, realiza uma série de funções, como: detecção rápida da fibrilação atrial, triagem automática de exames via inteligência artificial, integração com aparelhos de eletrocardiograma, análise do exame pela inteligência artificial, além de elaboração de relatórios periódicos de pacientes identificados com a doença.
A Neomed conta ainda com uma equipe de cardiologistas disponível 24 horas por dia, durante toda a semana, para oferecer o suporte necessário para que o paciente tenha a opção do melhor diagnóstico e tratamento. Os laudos são emitidos pela ferramenta em cerca de cinco minutos e enviados ao médico que assiste o paciente, auxiliando-o na melhor tomada de decisão, de maneira rápida e assertiva.
Importância da jornada de cuidados
O diagnóstico precoce e acurado é o primeiro passo para uma jornada mais eficaz e com maiores chances de sucesso. Ele contribui para um início mais rápido de tratamento, favorecendo também o engajamento e a adesão do paciente nos cuidados com a sua saúde, melhorando sua qualidade de vida.
Outra vantagem do diagnóstico está também na promoção da sustentabilidade do sistema de saúde, seja ele público ou privado. A inteligência artificial contribui para a melhor tomada de decisão médica e garante que os protocolos na linha de cuidado sejam os melhores possíveis.
Os resultados são um tratamento adequado e com possibilidade de início imediato, o que se reflete em menores custos – pacientes adequadamente tratados têm menos riscos de complicações e menos visitas a hospitais e a atendimentos de emergência. Além disso, nem sempre a fibrilação atrial tem como única opção o tratamento cirúrgico. Muitos casos, principalmente em estágios iniciais, podem ser tratados com medicamentos.
Esse é o primeiro projeto que a Johnson & Johnson MedTech lidera com a Neomed e o Hospital Nove de Julho focado na digitalização do diagnóstico como parte da linha de cuidados do paciente com fibrilação atrial. Em um futuro próximo, o objetivo é que mais instituições hospitalares possam contar com essa inovação para oferecer a melhor linha de cuidados aos seus pacientes.