Ainda pouco utilizado no Brasil, o Mapa Eletroanatômico por Impedância permite que o médico observe o coração do paciente durante o procedimento com mais um parâmetro, oferecendo mais segurança e acurácia ao tratamento
Disfunção que afeta aproximadamente 20 milhões de brasileiros, a arritmia cardíaca é uma das condições cardiológicas mais comuns no país. Caracterizada pelos batimentos mais acelerados ou mais lentos do coração, a arritmia pode causar tontura, cansaço, mal-estar e, em casos mais raros, a morte súbita. Como opção de tratamento, muitos médicos optam pela ablação, procedimento feito por meio de cateteres, de forma minimamente invasiva. Esses cateteres aplicam na região do foco da arritmia uma energia que aquece ou resfria a área doente do coração responsável pelas arritmias.
Ainda pouco utilizada no Brasil, uma nova tecnologia permite que ablação seja feita com maior precisão pelo cardiologista, agregando mais segurança ao paciente. O Mapa Eletroanatômico com foco na Impedância local permite que o médico mapeie as células do coração do paciente e tenha mais certeza de que o procedimento foi efetivo. O dispositivo foi utilizado pela primeira vez na Rede Santa Catarina, em um procedimento realizado no mês de agosto no Hospital Santa Catarina – Paulista.
“O grande avanço que esse equipamento nos permite é a possibilidade de termos mais acurácia e mais segurança. O mapa de impedância, presente neste equipamento, proporciona entender a posição do cateter e se o procedimento de lesão nas células causadoras da arritmia foi efetivo “ explica o cardiologista e arritmologista do Hospital Santa Catarina – Paulista, Dr. Nilton Carneiro.
Com uma taxa de sucesso de 80%, a realização do procedimento utilizando o Mapa Eletroanatômico por Impedância já está disponível no rol das empresas de convênio de saúde. No entanto, nem todos os pacientes com arritmias estão aptos para esse procedimento. São analisadas as condições clínicas, como gravidade, idade, comorbidades, entre outros aspectos. Isso é feito para minimizar os riscos intrínsecos ao procedimento.
“O indicado é que o paciente que possui essa condição consulte o especialista e verifique se possui as características necessárias. O período de internação para a realização da operação é extremamente curto. Geralmente, ele tem alta no dia seguinte ao procedimento. O tempo de recuperação é curto e em geral o paciente retorna a sua rotina em poucos dias “, afirma o arritmologista do Hospital Santa Catarina – Paulista.
Após a alta, o paciente segue sendo monitorado pelo especialista. O monitoramento é feito por meio de consultas regulares e exames pertinentes. O retorno às atividades normais depende de cada caso, mas, em geral, por ser um procedimento minimamente invasivo, leva cerca de uma semana.