Desenvolvimento profissional também é responsabilidade do gestor
06/05/2015 - por MARIA CAROLINA BURITI

A Roche Diagnóstica ficou em primeiro lugar entre as melhores empresas para trabalhar (GPTW) no segmento Indústria e Serviços.

Há pouco mais de um ano no país, o diretor de RH e Comunicação Corporativa da Roche Diagnóstica no Brasil, Adib Estefan, representa bem o que a empresa deseja: diversidade. Nascido no México, ele se mudou para o País ao assumir o novo cargo e confessa já se sentir totalmente adaptado à cultura local tanto na empresa como fora dela. Ele até se arrisca a comparar os mercados, mesmo achando que os latinos têm muito em comum. “Os brasileiros têm mais foco no grupo enquanto os mexicanos têm uma questão mais individual”, diz o executivo, explicando que é nos momentos dos projetos em grupo, que se evidencia o espírito coletivo em detrimento de conflitos por autoria ou desempenho individual. “A colaboração é uma característica muito importante, pois  trata-se de uma organização.”

Esse atributo deve ficar ainda mais comum se depender da multinacional. Em 2015, a empresa incorporou à meta ter, nos próximos cinco anos, 30% dos líderes globais com experiência tanto em mercados emergentes como em mercados desenvolvidos. O objetivo está atrelado ao bônus global dos colaboradores, ou seja, todos estão envolvidos com o desenvolvimento da carreira.

A nova meta é desafiadora, ainda mais no Brasil, emergente de extrema importância para a  multinacional. “Este é um dos mercados mais importante para a companhia. A expectativa para o Brasil ‘exportar’ talentos é muito maior do que ‘importar’”, analisa Estefan, acrescentando que “é preciso ter foco e acelerar”.

Essa é uma das razões pela qual o desenvolvimento profissional é o quesito mais valorizado para 37% dos funcionários da companhia. O item, avaliado na pesquisa da GPTW, é parte da filosofia da empresa e está presente constantemente na relação entre líder e liderado.

Lá, o líder é considerado corresponsável pela trajetória do colaborador. Estefan explica que obviamente a pessoa é dona de sua carreira, mas ela não deve fazer isso sozinha e, sim, com total orientação de seu líder.

“O gestor tem de investir tempo para conhecer os interesses de carreira e as habilidades [do liderado], ele tem que orientar, ser um coach de carreira”, analisa.

Nesse processo, a empresa oferece ferramentas como teste de habilidade e perfil do colaborador, com o intuito das conversas entre líder e liderado ocorrerem baseada em análises formais. Também são obrigatórios ao menos três feedbacks por ano sobre o desempenho e as oportunidades de melhorias. Tudo isso é consolidado em um PDI- Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), que será acompanhado periodicamente.

CULTURA

Para 31% dos colaboradores, o alinhamento dos próprios princípios com os da companhia é o segundo item mais valorizado na pesquisa. Para o executivo, um dos motivos dessa identificação está relacionado com a política de compliance difundida por meio de treinamentos e políticas de conduta em todas as filiais da companhia, conforme as regulações e as especificações locais. Essas diretrizes envolvem todos os stakeholders e colabora para que exista a coerência no dia a dia da organização, fator fundamental. “ Integridade para nós quer dizer compliance e esse é um dos valores da companhia”, finaliza.





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