O Brasil importou US$ 3,4 bilhões em produtos para a saúde, nos seis primeiros meses de 2023, um montante 1,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Já as exportações totalizaram US$ 365 milhões, um recuo de 7,1%. A balança comercial está deficitária em US$ 3 bilhões. Os dados são da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS).
Os Estados Unidos seguem sendo o principal fornecedor de produtos médico-hospitalares para o Brasil, com 17,1% do total e liderança em 11 segmentos, seguido de Alemanha (16,6%), com grande relevância em reagentes para diagnóstico in-vitro, e China (10,8%).
O principal destino dos produtos brasileiros é também os Estados Unidos, com 17,5% de tudo que é exportado. Em segundo lugar vem a Argentina (8,9%) e depois a Colômbia (5,8%). Entre os segmentos, destacam-se as compras norte-americanas de dispositivos médicos voltados para “OPME”, que correspondem a 51% do total exportado pelo Brasil.
O consumo de próteses e implantes – OPME, materiais e equipamentos para a saúde e reagentes e analisadores para diagnóstico in vitro caiu 1,7%, no acumulado de janeiro a junho. “Apesar do fraco desempenho nos cinco primeiros meses do ano, em junho a desaceleração da inflação e a resiliência do mercado de trabalho contribuíram para a expansão do número de benificiários de planos de saúde. Com isso, o mercado de produtos para a saúde cresceu 10,3%, em junho, o que gera uma perspectiva positiva para o segundo semestre”, analisa o diretor executivo da ABIIS, José Márcio Cerqueira Gomes.