O diabetes é uma doença que pode ser congênita ou adquirida e que se caracteriza pela alta concentração de glicose no sangue. O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), ficando atrás apenas da China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.
Pensando no bem-estar da população brasileira, a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde de excelência do Brasil, em parceria com o Ministério da Saúde através da Secretaria de Ciência e Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (SECTICS), e com o apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), conduzirá uma pesquisa inédita por meio do projeto Programa de Prevenção de Diabetes (PROVEN-Dia), dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).
Não há ainda no Brasil um inquérito que identifique como as pessoas com alto risco para desenvolver diabetes estão sendo cuidadas. Os resultados desse inquérito ajudarão a entender o cenário nacional e organizar propostas assertivas e aplicáveis para brasileiros com risco de ter diabetes.
“Uma das entregas do projeto é estimar como é realizado o cuidado do paciente com alto risco de desenvolver diabetes tipo 2. Este inquérito irá apresentar perguntas diretas e focadas para profissionais de saúde e para instituições, como unidades de saúde, hospitais, clínicas particulares, ambulatórios, de modo geral”, conta Angela Bersch, pesquisadora do Proven-Dia e da BP e professora assistente I – PPCR da Harvard School Public Health.
“Esse levantamento é muito importante, pois poderá ajudar não só na identificação, mas também no tratamento de pessoas com diabetes”, diz Levimar Araújo, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
A participação de profissionais de saúde e gestores dos serviços de saúde é essencial para compreender o cenário, e com os dados, aprimorarmos a qualidade dos serviços oferecidos e, consequentemente, melhorar a vida de milhares de brasileiros.
Benefícios ao SUS
Além de representar um gasto financeiro relevante para os pacientes e familiares, o tratamento da diabetes também tem um relevante impacto econômico no SUS. A falta de ações preventivas leva a uma utilização massiva dos serviços de saúde, causando perda de produtividade e demandando cuidados prolongados para tratar suas complicações crônicas, como insuficiência renal, cegueira, problemas cardíacos e pé diabético.
Estima-se que os gastos com saúde de indivíduos com diabetes sejam de duas a três vezes maiores do que aqueles sem a doença. “Por isso, é relevante apresentar propostas que visam a prevenção dessa patologia, como o PROVEN-Dia, que avalia sua eficácia, bem como compreende a sua relevância e aplicabilidade prática” relata Angela. As considerações que serão levantadas pela iniciativa auxiliarão na construção de um programa mais amplo e adaptado ao contexto brasileiro.
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