Com a pandemia da COVID-19 e o isolamento social, houve uma aceleração da criação de soluções tecnológicas para diversas áreas, em especial a da saúde. Novas pesquisas em ciência de dados e Inteligência Artificial (IA) têm sido celebradas pela sua alta capacidade de analisar dados clínicos e auxiliar no diagnóstico de doenças e na recomendação de tratamentos.
Na saúde isso está acontecendo em um ritmo nunca antes visto. Nota-se a utilização de ferramentas online para realização de consultas e monitoramento de pacientes de forma remota em diferentes lugares, pelos profissionais de saúde e suas equipes técnicas. Com o uso de novas tecnologias tornou-se possível digitalizar exames ou criar prontuários eletrônicos, trazendo mais acessibilidade e segurança aos dados dos pacientes. Essa transformação digital que vêm ocorrendo possibilitou o uso de técnicas de IA nas instituições de saúde a armazenar e manipular grandes massas de dados contidos em nuvens.
Para melhorar a interação entre médicos e pacientes, foram criadas plataformas para realizar consultas online, marcação de exames e acompanhamento. Esses meios de comunicação online foram exercitados de maneiras novas, com o envio de e-mails, mensagens de texto e até aplicativos desenvolvidos pela indústria para auxiliar os pacientes no controle de medicação e monitoramento da saúde. Tudo isso em contato direto com a equipe médica, sem sair de casa. Assim, essas plataformas online permitiram a equipe médica se relacionar com pacientes que deveriam permanecer em isolamento e não poderiam sair para realizar consultas básicas e correrem riscos de serem contaminados pela COVID-19.
Por meio da criação de sistemas integrados de saúde, agora é possível remarcar consultas, verificar requisitos para realização de exames e compartilhar os dados dos prontuários eletrônicos de forma segura.
Existem diversos estudos acadêmicos em parceria com a indústria que atuam no desenvolvimento de soluções de monitoramento e auxílio a equipe de saúde. No Brasil, mais recentemente, temos estudos sobre o monitoramento de pacientes no leito de UTIs. Isto é essencial para guiar o tratamento médico, afim de cuidar de uma variedade de condições de saúde que vivenciamos durante a pandemia. Para lidar com esses desafios de monitoramento e diagnóstico estão sendo desenvolvidos uma série de softwares, com diferentes estratégias de diagnósticos baseados em IA, e que estão transformando essas plataformas de maneira inteligente e mais flexível. Algumas soluções que utilizam sensores biométricos e monitores multi-paramétricos são colocados na beira do leito para monitorar o quadro clínico do paciente. Com esses dados, é possível realizar uma série de inferências em relação ao quadro clínico deste paciente, auxiliar o médico na melhor forma de tratamento e, através da leitura destes sinais, verificar se o tratamento está surtindo os efeitos desejados.
A Inteligência Artificial já é uma realidade dentro da área de saúde, conforme o que os exemplos acima comprovam. Sistemas de software já auxiliam equipes médicas no tratamento de pacientes, trazendo valor aos atendimentos, precisão nos exames e mais qualidade durante o tratamento para pacientes internados em UTIs. A IA trouxe avanços para cuidarmos melhor das pessoas. A evolução da saúde com o auxílio da computação é disruptivo e promissor, inserindo diversas facilidades na rotina médica.
Assim, o maior desafio hoje é mostrar às equipes médicas que a tecnologia está aqui para auxiliá-los na tomada de decisão, e não para substituir seus papeis fundamentais no tratamento e recuperação de um paciente. Os profissionais da saúde devem estar atentos e se manterem atualizados a estas novas ferramentas, com novidades lançadas a todo momento - isso vai melhorar a vida das pessoas.