Sempre que alguém toma um medicamento ou uma vacina é garantido que houve testes que validaram a segurança e eficácia dos mesmos. São muitas as etapas desde o desenvolvimento pela indústria farmacêutica até as prateleiras das farmácias e uma delas é a pesquisa clínica, que avalia a eficácia do tratamento específico no ser humano, qual a dose correta e o tempo de uso.

Os centros de pesquisa são importantes aliados da saúde e desempenham um papel essencial para a descoberta de novos tratamentos e novos procedimentos na área da saúde. Ciente dessa importância, há alguns meses a Unimed Sorocaba estruturou seu centro de pesquisa clínica vinculado ao Instituto de Ensino e Pesquisa Unimed Sorocaba (IEPE), a cooperativa conta hoje com cinco estudos em andamento, três sobre câncer de mama, um sobre Covid-19 e outro em pacientes com Hepatite C.

De acordo com o oncologista Dr. Júlio Prestes, coordenador médico do IEPE, a Unimed Sorocaba é a única cooperativa a contar com um centro de pesquisa clínica na região. “A Covid-19 deu mais exposição à importância da pesquisa clínica para lançar medicamentos e vacinas voltados ao tratamento e cura de doenças. A pesquisa clínica é essencial para atestar a eficácia de qualquer medicamento”, explica.

Processos da pesquisa clínica

Todo medicamento disponível nas farmácias já passou pelas fases pré-clínica e fases clínicas (testes em voluntários humanos), onde são avaliados itens como segurança, tolerabilidade, eficácia, efetividade do medicamento, entre outros.
 

Os pacientes selecionados para participar dos estudos clínicos, antes de iniciar o tratamento, são separados de forma aleatória para o grupo de intervenção ou grupo de controle. No grupo de intervenção os voluntários recebem o novo medicamento ou procedimento em estudo, enquanto no grupo controle os voluntários podem ser selecionados para o tratamento padrão (medicamento já comercializado) ou placebo.

Ao se tornar um voluntário nas pesquisas clínicas disponíveis as pessoas podem auxiliar a ciência e a humanidade.

Na Unimed Sorocaba, como em outras instituições onde há pesquisa clínica, a participação é voluntária e o paciente ser incluído ou ser retirado do estudo a qualquer momento, dependendo exclusivamente da sua vontade própria e dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos específicos. Além disso, a segurança e os direitos dos voluntários são acompanhados por uma agência regulatória e estão sujeitos a um código de ética e uma legislação específica para a condução de estudos clínicos. Os pacientes não têm nenhum custo durante os estudos e todas as informações coletadas são tratadas de forma confidencial.

Segundo Prestes, os voluntários são escolhidos de acordo com o perfil de cada estudo, passam por consultas médicas detalhadas e podem ter acesso a medicamentos e tecnologias ainda não disponíveis no mercado. “O papel do voluntário é essencial para o avanço da Medicina e possibilita aos pesquisadores um maior aperfeiçoamento técnico-científico. Atualmente estamos testando um medicamento voltado ao tratamento de Covid-19”.

O IEPE possui uma equipe multidisciplinar com profissionais capacitados a realizar estudos em qualquer área da medicina. A área funciona em um local exclusivo no Núcleo de Atenção Integral à Saúde (NAIS) e os interessados em participar como voluntários para a pesquisa clínica podem entrar em contato através do WhatsApp (15) 99166.7398.

Quem quiser saber mais sobre os estudos em andamento pode acessar o site https://clinicaltrials.gov/, uma plataforma reconhecida de busca por informações sobre estudos clínicos em andamento. Isso permite que potenciais participantes e profissionais de saúde possam obter informações relevantes.