Segundo o estudo da consultoria KPMG em parceria com o Centro Mowat na Escola de Políticas Públicas e Governança da Universidade de Toronto (Canadá), até 2030, quase dois terços da população mundial residirão em zonas urbanas e a maior parte desta mudança ocorrerá em países em desenvolvimento. Atualmente, pela primeira vez, cerca de metade da população está baseada em cidades e este comportamento está criando oportunidades significativas para o desenvolvimento social e econômico, mas, por outro lado, também está exercendo pressão sobre os recursos de infraestrutura, principalmente no caso da energia.
Um dos maiores desafios dos governos está relacionado à gestão sustentável no que diz respeito a habitação, mobilidade, energia e água a todos os cidadãos. Como um panorama global, as 600 cidades com maior crescimento do Produto Interno Bruto geram mais de 50% do PIB global, ou seja, mais de US$34 trilhões e, até 2020, devem chegar a mais de US$65 trilhões.
Todo este desenvolvimento pode gerar uma sobrecarga nos recursos dos municípios e, para os que já possuem problemas de acesso à saneamento básico, educação, saúde e outros recursos, a urgência no desenvolvimento destas áreas é ainda maior. Atualmente, cerca de 1 bilhão de pessoas vivem em favelas e, caso estas medidas não sejam tomadas, este número deve, facilmente, dobrar até 2030.