Levantamento trimestral conduzido pela ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde), o Termômetro ABIMED tem como objetivo medir a percepção das associadas, em relação ao andamento dos negócios, na perspectiva de curto e médio prazo. Encerrado o primeiro semestre de 2023, os resultados apontam para um cenário positivo.

Todas as empresas ouvidas esperam crescer no segundo semestre deste ano, com variações na porcentagem desse crescimento. A maioria (48%) dos respondentes tem uma expectativa acima de 10%; 28% deles até 4,9%; e 24% entre 5% e 9,9%. “Tal otimismo de alguma forma se sustenta”, analisa o presidente-executivo da ABIMED, Fernando Silveira Filho. Quando igualmente perguntadas sobre perspectivas de investimento, dadas as reformas estruturais (tributária e administrativa), as associadas demonstram inclinação a ampliar os investimentos no país, em proporção animadora: 40% pretendem manter os investimentos atuais; 36% querem incorporar novas linhas; e 24% almejam ampliar a capacidade hoje existente.

“Com base nesse levantamento, fica patente que a ABIMED representa um grupo de empresas que vêm tendo capacidade e resiliência não só para seguir crescendo, mesmo em cenários de incerteza e dificuldades operacionais, como igualmente, dada a maior segurança jurídica e a redução do Custo Brasil, seguirão mantendo e ampliando seus investimentos no País”, reflete Silveira Filho.
 

O levantamento, porém, sugere alguns pontos de atenção, principalmente no que se refere ao abastecimento do segmento. Em relação à disponibilidade de insumos neste primeiro semestre, 48% das empresas relataram dificuldades na compra de suprimentos, matérias-primas e/ou insumos. As principais causas para esses problemas no abastecimento, que vêm se mantendo desde o ano passado e permanecem nesta primeira metade do ano, foram: disponibilidade do item (48%), aumento dos preços (32%), questões logísticas (20%), conflitos regionais (16%) e aquecimento da demanda mundial (8%).

A falta de itens relevantes e o aumento nos preços têm impacto nas atividades locais. Nessa linha, os respondentes relataram aumento nos custos setoriais (logística, câmbio, inflação local e externa) até certo ponto elevados: 44% falaram em aumento de 5% a 9,9% e 8% entre 15% e 19,9%.

Quando perguntados sobre o faturamento de suas empresas, 84% indicaram crescimento na comparação com o primeiro semestre de 2022, sendo que 52% esperam algo acima de 10%. Já em relação ao semestre de 2022, os resultados apontam um certo declínio de expectativa, embora ainda com resultados satisfatórios: 40% entendem que haverá um crescimento acima de 10%.

O Termômetro ABIMED auxilia o setor de dispositivos e equipamentos médicos a entender o andamento dos negócios e reforça o papel da associação em manter-se sensível as demandas e percepções do mercado, além das tendências e perspectivas para o ano.