Setor de Hospitais e Clínicas de Transição dobra de tamanho no Brasil nos últimos cinco anos
18/08/2023

O setor de hospitais e clínicas de transição tem crescido exponencialmente no Brasil. De acordo com dados levantados pela Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição (Abrahct) entre seus associados, nos últimos cinco anos, houve um aumento 101,6% no número de leitos dedicados a essa modalidade de cuidado. Atualmente são 2.745 leitos, contra 1.361 existentes em 2018. A perspectiva é de que esse número siga em ascensão, chegando a quase 3,3 mil leitos nos próximos anos.  A Abrahct representa 72% das unidades de transição presentes no mercado. 

Os hospitais de transição surgiram na América do Norte e Europa no final da década de 1980. O objetivo era atender às necessidades de continuidade de cuidados em ambiente hospitalar de pacientes com perdas funcionais e alto grau de dependência. Já por aqui, esse é um conceito relativamente novo. As primeiras unidades começaram a surgir a partir da década de 2000. 

Os dados atuais do Brasil destacam-se como um contraste em relação a nações mais desenvolvidas no tema, como Estados Unidos, Alemanha e Canadá. Segundo a entidade, os sistemas de saúde desses países possuem mais de 200 leitos de transição para cada 1.000 leitos de cuidados agudos, resultando em uma proporção de 1.800 leitos de transição para cada 1.000 leitos de cuidados agudos nos EUA. Entretanto, no caso brasileiro, essa proporção é inferior, demonstrando uma diferença significativa na capacidade de atendimento e cuidados médicos.  A presença dos hospitais e clínicas de transição restringe-se a seis estados mais o Distrito Federal.  Hoje a maior concentração - 9 de cada 10 desses leitos - está na região sudeste, sendo que 62,6% deste total estão localizados em São Paulo.
 

Por esse perfil, normalmente é um local de curta duração - porém algumas vezes pode ser também de média e longa permanência, em especial para as pessoas que precisam de cuidados paliativos.  O hospital de transição encaixa-se na jornada do paciente fornecendo um ponto de transição importante entre o tratamento agudo em um hospital e o cuidado em casa ou em outro ambiente de cuidados prolongados.
 





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