A Life Empresarial inaugurou, nesta terça-feira (7), o Hospital Moriah, primeiro hospital de rede própria da operadora. O valor do investimento é de R$ 105 milhões e inclui equipamentos e reforma do novo prédio. Localizado em Moema, bairro da zona sul da capital paulista, o hospital ocupa a antiga sede da Rede Record e assim como a operadora pertence ao mesmo grupo de empresas da Igreja Universal, do bispo Edir Macedo.
A entidade tem foco em alta complexidade, sobretudo em procedimentos cirúrgicos e nas especialidades de cardiologia, ortopedia e neurologia. Sua estrutura é composta por 5 salas cirúrgicas, sendo uma delas híbrida; 52 leitos; 31 deles são eletivos, 11 de UTI e 10 leitos no pronto atendimento, além de 6 salas para consultas eletivas. A perspectiva é que ocorram 5 mil atendimentos e cerca de 450 cirurgias por mês, quando o hospital atingir 100% de sua operação.
Apesar de ter sido inaugurado oficialmente nesta semana, o hospital já estava com algumas áreas em funcionamento desde de novembro de 2014, quando começou a abertura de alguns serviços como a centro de medicina diagnóstica e, posteriormente, os atendimentos na UTI.
A área de imagem é composta por tomografia computadorizada de 128 canais, ressonância magnética 3Tesla, mamógrafo digital, raio x digital e também por serviços de endoscopia. Já a área de análises clínicas é realizada em parceria com o Hospital Albert Einstein, responsável pelo laudo dos exames. Estima-se que a área de medicina diagnóstica do Einstein fature – entre serviços próprios e de parceria com terceiros -, como o do Moriah, cerca de R$ 500 milhões por ano.
Modelo de atenção
No mercado desde 2002, a Life Empresarial é uma operadora de saúde com 66 mil vidas e carteira dividida entre planos empresariais e coletivo por adesão. A construção do hospital, de acordo com a presidente do Hospital Moriah, Eunice Harue Higuchi, é parte do acompanhamento do paciente dentro de uma estrutura de atenção. “Acho importante o modelo de atenção à saúde integrado, afirmou, acrescentando o conceito de colocar o hospital como parte de um sistema mais completo, pois cerca de 80% dos casos são resolvidos na base da pirâmide, ou seja, na atenção básica e primária.
Para esse tipo de atendimento, a operadora já com dois ambulatórios, um próprio e um em parceria. “A Life tem que acompanhar o paciente”, afirmou o superintendente do hospital, David Rodrigues Martins.
A aposta para esse tipo de atendimento, de acordo com os executivos, é o Auto Cuidado Sustentável, programa com o objetivo de acompanhar o fluxo paciente dentro do sistema da Life, e que tem o intuito de manter a saúde dos beneficiários. Da mesma forma que o hospital atende pacientes de outros planos de saúde, a intenção é oferecer esse serviço a planos e empresas parceiras.