Levantamento da KPMG aponta seis fatores de mudanças no setor de saúde
10/08/2023

Um levantamento da KPMG aponta seis sinais de mudanças que podem ajudar a moldar o futuro dos serviços de saúde que serão entregues e consumidos. De acordo com o documento, uma realidade focada no atendimento centrado no cliente, uma força de trabalho em crise, realidades econômicas duras, mercados em rápida mudança na economia digital, estados alterados para cadeias de suprimento e transformação de dados em valor são os principais fatores que vão impactar o setor. Além disso, foram identificados três paradigmas que têm o potencial de agregar valor tanto para os consumidores quanto para os atores que atuam na indústria.
 

“A pressão sobre os sistemas de saúde para prestar mais serviços com menos recursos é altamente significativa e está se manifestando nesses seis sinais de mudança. Estes estão também influenciando o estabelecimento de uma nova norma de saúde para atender às necessidades em mudança dos consumidores de saúde,” afirma o sócio-líder de Infraestrutura, Governo e Saúde da KPMG no Brasil, Leonardo Giusti.

Seis sinais de mudanças:

1 - Uma nova realidade do atendimento centrado no cliente

As expectativas do público estão mudando, moldadas por fatores revolucionários digitais, reformas nos setores e a experiência de pandemia.

Uma força de trabalho em crise

Esse fator está prejudicando a prestação de serviços de saúde de hoje. A alta taxa de exaustão dos profissionais e de doença durante a pandemia levou a um aumento no atrito entre os profissionais que atuam na cadeia de valor, especificamente corpo clínica e coordenadores de cuidado.
 

3 - Realidades econômicas duras  

A curva de custos dos prestadores de serviços de saúde aumentou, os padrões de demanda mudaram e a necessidade de gerenciar os gastos para uma nova era de prestação de serviços tem colocado desafios profundos para os líderes dos sistemas de saúde.

Mercados em rápida mudança na economia digital

O setor de saúde está contido em ambientes sociais e econômicos que estão em constante e profunda trasnformações, desde a necessidade de operar os modelos assistenciais em meios digitais até competindo com nossos players que não existiam antes – as healthtechs, startups que eclodiram principalmente nos últimos anos.

5 - Estados alterados para cadeias de suprimentos

Os impactos geopolíticos e pós-pandemia afetaram significativamente as cadeias globais de suprimento de serviços de saúde, incluindo produtos farmacêuticos, suprimentos médicos e equipamentos. Orquestrar essas cadeias de forma a propiciar mais previsibilidade de custos e de quebra de suprimentos passou a ser imperativo.

6 - Como transformar dados em insights e valor confiáveis

Acreditamos que os sistemas de saúde precisarão investir nas capacidades avançadas na infraestrutura, nos processos e nos dados essenciais para os novos modelos de atendimento virtual e presencial.

Três paradigmas dos serviços de saúde:

1 - Serviços de saúde de rua

As clínicas de teste surgiram em estacionamentos e aeroportos, centros de vacinação em shopping centers, ao passo que acesso a tratamentos mais complexos mudou para ambientes de baixo custo, como ambulatórios.

2 - Meta cuidado

 O cuidado (da palavra care em inglês) está preparado para uma nova realidade arrojada e já existem atualmente várias plataformas revolucionárias de atendimento virtual — apresentando capacidades digitais avançadas de prevenção, diagnóstico e coordenação do cuidado, lastreados em nuvem e inteligência artificial.

3 - Atendimento hiper local
 

A saúde hiper local procura abordar as iniquidades no acesso aos cuidados construídos a partir da base dos determinantes sociais da saúde.

“Em meio ao aumento da demanda por serviços de saúde e dos custos, o futuro provavelmente exigirá um foco inédito nas estratégias, tecnologias e forças de trabalho saúde-humanas que possam melhorar as experiências dos consumidores e reduzir as pressões financeiras, ao mesmo tempo em que atendem às expectativas do público em relação à qualidade do atendimento e ao acesso”, finaliza Rita Ragazzi, sócia-diretora líder do segmento de Saúde da KPMG no Brasil.





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