Hospital Moinhos de Vento implementa tecnologia inovadora nas áreas de cirurgia mamária e microcirurgia reconstrutiva
01/08/2023

Segundo o cirurgião plástico do Hospital Moinhos de Vento Rafael Netto, a tecnologia permitirá ao especialista visualizar externamente os vasos sanguíneos durante um procedimento. “Com a injeção de um corante e a detecção pelo Spy-Phi, será possível avaliar se a circulação do paciente está boa em determinada área. Esse avanço é muito importante tanto na remoção de parte do corpo como na correção de defeitos, deixando o procedimento mais seguro e permitindo a reconstrução dos vasos linfáticos, o que diminui o risco de linfedemas”, esclarece.

O Spy-Phi pode beneficiar diversas especialidades, como cirurgia plástica reconstrutiva, cirurgia oncológica e neurocirurgia. “Funciona como um mecanismo de proteção dos pacientes, proporcionando a melhora no resultado da intervenção”, afirma o especialista.

Além disso, o sistema permite a identificação de vasos linfáticos, viabilizando o diagnóstico anatômico e a realização de anastomoses linfovenosas (técnica cirúrgica que tem como principal objetivo melhorar a função linfática do membro) para tratamento de pacientes com linfedema (inchaço de uma parte do corpo) pós-esvaziamento axilar. “Essa é uma doença crônica sem cura definitiva. E, com a cirurgia das reparações dos vasos e transplante de linfonodos, temos um grande avanço. Normalmente, são pacientes jovens e com limitações muito importantes”, acrescenta.

Segundo o superintendente administrativo do Hospital Moinhos de Vento, Evandro Moraes, cada vez mais a instituição vem trabalhando para aprimorar e implementar novas tecnologias que promovam a excelência dos serviços prestados e o bem-estar dos pacientes. “Somos incansáveis na busca de soluções inovadoras que propiciem o diagnóstico precoce e o tratamento de ponta, sempre alinhados à nossa missão de cuidar das pessoas”, observa.

O Spy-Phi

O Spy-Phi é uma fonte de luz com laser de baixa potência, próxima ao infravermelho, que estimula um agente de imagem fluorescente injetado na corrente sanguínea. Esse agente se liga às proteínas no sangue e circula pelo corpo. Quando estimulado por luz infravermelha próxima, o agente ligado à proteína emite um sinal de fluorescência que permite a visualização do sangue fluindo por meio dos vasos e no tecido. A fluorescência é capturada por uma câmera especial, processada e exibida em um monitor de vídeo para análise do cirurgião. Se não houver fluorescência, pode significar que há um comprometimento do fluxo sanguíneo.

Fonte: Anahp




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