Instituição privada, filantrópica e que completa 40 anos em 2023, o Hospital Angelina Caron (HAC) é o primeiro do Brasil a adotar duas soluções da Elsevier para suporte à decisão clínica integradas ao Tasy EMR, prontuário eletrônico da Philips. O Order Sets, para prescrição médica, e o Care Planning, com foco em planos de cuidados, buscam melhorar a qualidade da assistência e aprimorar a eficiência da equipe médica e de enfermagem, afinal são, em média, 4.500 internações, 25 mil atendimentos ambulatoriais e cerca de 4 mil atendimentos de urgência e emergência, por mês, realizados pelo hospital.
Segundo o Rodrigo Belila, superintendente assistencial do Angelina Caron, com o Order Sets integrado ao Tasy, os médicos podem definir planos terapêuticos dentro do Tasy e, na mesma tela, ter todo o suporte da literatura baseada em evidências e dos protocolos da instituição, agilizando o início do tratamento e evitando o desperdício não só de recursos - exames e procedimentos - mas de tempo, principalmente quando se trata de um paciente de urgência e emergência. A ferramenta ainda permite a criação de protocolos próprios, como os de cuidados pós-operatórios imediatos para transplante, já que o HAC é hospital referência para o procedimento no sul do país.
Com relação ao uso do Care Planning - voltado para o plano de cuidado multidisciplinar e também integrado ao prontuário eletrônico -, o superintendente conta que havia dúvidas sobre a maturidade da equipe multi para o uso da ferramenta. HAC e Elsevier, então, fizeram workshops e diagnósticos juntos e descobriram que a equipe multidisciplinar estava pronta para assumir seu protagonismo. Segundo ele, a transformação digital trouxe a transformação cultural para a instituição.
“Outro ponto importante a destacar tem sido o envolvimento de um time de 10 médicos de referência na instituição no planejamento estratégico, seja na incorporação de novas tecnologias, seja em decisões financeiras. Eles não têm um papel administrativo, de gestão direta, mas é deles que chegam as informações de suas respectivas áreas que são fundamentais para definir os novos projetos do hospital e gerar apoio durante a implantação.
Ratificando a fala de Belila, o diretor de Tecnologia da Informação do HAC, Bruno Capobianchi, garante que a sinergia entre os times assistencial e de TI do Angelina Caron tem possibilitado as melhores tomadas de decisão: “Foram necessárias várias discussões e ajustes, para, por exemplo, conseguir manter a experiência do médico dentro do sistema de gestão hospitalar e termos a aderência desses profissionais”.
Sobre a jornada de implantação do Care Planning, Capobianchi frisa que “a Elsevier não é só mais um fornecedor de tecnologia, e sim uma parceira. Ficamos muito seguros para decidir se continuaríamos com a tecnologia ou não. A experiência está sendo extremamente positiva, com o envolvimento de todos da equipe multi. Além disso, considero que o treinamento do corpo clínico feito pelo próprio corpo clínico - para o qual também contamos com o apoio da Elsevier - foi o grande sucesso dessa jornada. E a educação continuada trazida pelas ferramentas desse nosso parceiro já está fazendo a diferença no centro de simulação realística recém-inaugurado pelo HAC”, diz.
Colocar o time clínico e o time de TI juntos nessa caminhada é “realmente necessário” para Eli Szwarc, líder médico de Informática da Philips América Latina: “Sabemos o quanto isso pode ser desafiador, mas ao olhar para a jornada de cuidado do paciente nós somos complementares, e experiências como a do Angelina Caron mostram que esse é o caminho. É desse ecossistema aberto e colaborativo que nós tanto precisamos! É assim que a nossa medicina evolui e são projetos como esse que nos enchem de alegria e de orgulho”.
Szwarc reforça que o prontuário eletrônico transformou a medicina garantindo mais qualidade e assertividade ao modelo assistencial que inclui equipes multiprofissionais, o paciente no centro de um cuidado horizontal, e mais importância para o cuidado extra-hospitalar. O prontuário integrado às soluções digitais também aproxima profissionais que não estão fisicamente juntos, já que o teletrabalho e a teleconferência vieram para ficar. Há ainda, segundo o líder médico, a questão da sustentabilidade do negócio, já que é preciso tomar decisões custo-efetivas, baseadas em dados e adaptadas para as realidades locais.