O Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto inicia nesta quinta-feira, 20, as cirurgias robóticas, sendo que uma delas será em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O HB é o primeiro hospital de Rio Preto e dos 102 municípios do Departamento Regional de Saúde (DRS 15) a ter o robô Da Vinci Xi, a última e mais moderna geração desta plataforma robótica e é também a primeira instituição a realizar cirurgias robóticas num paciente do SUS. “A Funfarme irá subsidiar com recursos próprios a parte do valor da cirurgia robótica para permitir que seja oferecida também a pacientes do SUS. Pretendemos que, ao menos 20% dos procedimentos robóticos sejam em pacientes da saúde pública”, afirma Dr. Jorge Fares, diretor executivo da Funfarme, fundação mantenedora do Hospital de Base de Rio Preto.
A diretora administrativa do HB, médica anestesiologista, Dra. Amália Tieco, destaca que a cirurgia robótica impacta diretamente na vida de pacientes e futuros médicos dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “Acreditamos que, daqui duas décadas, esta tecnologia esteja amplamente disponível nos rincões do Brasil. E, neste sentido, o HB terá feito história”, destaca.
Um dos objetivos do Programa de Cirurgia Robótica do HB é a formação e a especialização de médicos na utilização desta tecnologia, já que o HB é um hospital-escola. “A tecnologia e a inteligência artificial já são realidades e, atualmente, a falta de treinamento médico é a principal barreira. Por ser um hospital de ensino, o HB vai disseminar especialistas em cirurgia robótica para o Brasil inteiro”, destaca o Dr. Maximiliano Cadamuro Neto.
“A satisfação é grande em ver a instituição mergulhando naquilo que há de mais moderno na área da ciência médica. É um aparelho fantástico, que irá integrar o raciocínio lógico dos médicos com desenvolvimento tecnológico”, afirma o diretor geral da Famerp e presidente do conselho Funfarme, Dr. Francisco de Assis Cury.
O Hospital Edmundo Vasconcelos anunciou a aquisição do sistema robótico Da Vinci Xi, que vai permitir a realização de cirurgias robóticas de maneira minimamente invasiva e de modo muito mais ágil e preciso. O robô já está em operação no hospital.
Segundo o diretor geral do Hospital Edmundo Vasconcelos, Dario Ferreira Neto, a cirurgia robótica vai reduz riscos, diminuir o tempo de recuperação e trazer resultados mais satisfatórios para a recuperação dos pacientes.“A quarta geração desse robô se diferencia em relação às versões anteriores por possuir uma maior capacidade de fornecer uma visão tridimensional e ampliada do local da cirurgia, graças à tecnologia de imagens detalhadas e de alta resolução (incluindo em 3D), oferecendo uma visão mais clara e nítida. Esse investimento reforça nosso compromisso em oferecer cuidados de saúde de alta qualidade e avançar na vanguarda da medicina e tecnologia de última geração”, afirma Dario.
Presente no Hospital Edmundo Vasconcelos desde o final de junho, até agora já foram realizados cinco procedimentos cirúrgicos. Ao todo, o hospital já possui 15 médicos e uma equipe de enfermeiros capacitados para operar o robô, mas a intenção é que mais médicos possam se certificar para realizar as cirurgias robóticas. O hospital também quer ampliar o número de pacientes com o atrativo da cirurgia robótica. “Nosso objetivo também é que médicos externos fiquem sabendo da disponibilidade de estrutura para cirurgia robótica e tragam suas cirurgias para o Edmundo Vasconcelos”, detalha o diretor geral. Ao todo, o Brasil já possui mais de 1,2 mil médicos certificados a realizar cirurgias robóticas.
Além do robô, outra novidade é o ultrassom BK5000, que ajudará no processo intraoperatório na análise e visualização de lesões durante a cirurgia e para uma melhor delimitação da área a ser retirada em procedimentos cirúrgicos.