De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, o câncer de pulmão é o tipo mais frequente em homens e o terceiro entre as mulheres e, no final do século XX, se tornou uma das principais causas de morte evitáveis. Segundo a entidade, entre 2023 e 2025, deve haver 32.560 novos casos da doença, mas estudos apresentados no congresso da American Society of Clinical Oncology – ASCO 2023, indicam possibilidades de avanços no diagnóstico e tratamento desses pacientes, com aumento da sobrevida.
Resultados do estudo clínico de fase III ADAURA, apresentados pelo chefe de oncologia médica da Yale Cancer Center, Roy Herbst, mostram que cinco anos depois do início da pesquisa, a taxa de sobrevida dos pacientes que foram tratados com um medicamento chamado osimertinibe foi de 88%, já para os que receberam placebo a taxa foi de 78%. Após a cirurgia para retirada do tumor, a droga ajudou a reduzir em 51% o risco de morte das pessoas em tratamento.
“Os resultados da pesquisa são surpreendentes. Há uma possibilidade real de mudanças na prática clínica que podem ajudar a salvar milhares de vidas. Outro ponto relevante levantado foi a importância da testagem molecular para identificação precoce de possíveis mutações. Um diagnóstico mais assertivo pode ajudar o médico a avaliar a melhor estratégia de tratamento para o paciente”, comenta Anita Campos, diretora médica da MDHealth.
O estudo foi desenvolvido com 682 pacientes de 26 países. Pesquisas adicionais devem ser realizadas para analisar a eficácia do medicamento considerando outros cenários e estágios da doença.