Dados do estudo Demografia Médica no Brasil (DMB) de 2023, realizado em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), revelaram um aumento expressivo da presença de mulheres na especialidade de Genética Médica. O aumento da participação feminina na Genética Médica pode ser atribuído a diversos fatores. Entre eles, a maior representatividade e inclusão das mulheres no campo da medicina, bem como o reconhecimento do papel fundamental da genética na saúde e nas terapêuticas modernas. O percentual de mulheres na genética médica é de 66,4%.

“As mulheres têm um papel cada vez maior em diversas profissões e na medicina não é diferente. É um reflexo do mercado de trabalho e mostra a importância que representam dentro da sociedade”, afirma Têmis Maria Félix, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM).



 

De acordo com a SBGM, a presença das mulheres na Genética Médica é essencial para uma abordagem diversificada e completa na área, pois elas trazem perspectivas e conhecimentos únicos, contribuindo para o aprimoramento dos cuidados e diagnósticos genéticos. A especialidade com maior número de mulheres é a Dermatologia, com 8.236 médicas, que correspondem a 77,9% dos dermatologistas. Outras especialidades com grande proporção de mulheres são Pediatria (75,6%), Alergia e Imunologia e Endocrinologia e Metabologia, ambas com 72,1%. Em Ginecologia e Obstetrícia, Geriatria, Hematologia e Hemoterapia e Genética Médica as mulheres representam pelo menos 60%. As especialidades de Nutrologia, Medicina Física e Reabilitação, e Gastroenterologia estão proporcionalmente equilibradas entre homens e mulheres.

Os resultados do estudo Demografia Médica no Brasil (DMB) evidenciam a importância de incentivar e apoiar a participação feminina na Genética Médica, bem como em outras especialidades médicas. A SBGM continua empenhada em promover a igualdade de oportunidades e representatividade na área da genética médica.