O SindHosp – Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo informou que, a partir da última decisão do STF acerca do Piso da Enfermagem, iniciou as negociações com os sindicatos laborais para buscar um consenso. De acordo com a entidade, a questão é técnico-financeira. “Portanto, não se trata aqui de valorizar ou não o enfermeiro, como disse o presidente Lula. É óbvio que o trabalho desenvolvido por esses valorosos profissionais tem extrema valia”, ressalta em nota divulgada.
De acordo com o sindicato, não há como ignorar as fontes de custeio e as capacidades de pagamento de cada entidade. A lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente não levou em conta diferenças regionais e diferenças no porte das instituições.
“Certamente, os hospitais que o presidente frequenta não terão problemas para pagar o piso, mas os hospitais de pequeno e médio porte, que representam mais de 90% dos hospitais brasileiros, aos quais a maioria da população brasileira recorre, terão seríssimas dificuldades de cumpri-lo”.
A nota ressalta ainda que, soma-se a isso a reforma tributária que, como está apresentada no Congresso Nacional, onera mais ainda a carga tributária do setor de serviços especialmente atingindo a saúde e a educação. “Infelizmente, nem o Congresso Nacional, nem o STF e nem o Governo Federal conseguiu uma solução estruturada. Agora, a conta sobra para os hospitais privados como se fossem vilões quando na verdade são vítimas de um sistema desorganizado, onde prevalecem interesses políticos e decisões demagógicas”, finaliza a entidade.