Hospital do futuro sabe ouvir o paciente
05/03/2015 - por Verena Souza

A Saúde do futuro, o hospital do futuro, o paciente do futuro, estamos sempre tentando prever o que vai acontecer com base no passado e no que o presente anda nos contando. Nesta corrida, sempre surgem os desbravadores, para depois serem seguidos pela maioria. No mundo dos hospitais, podemos facilmente elencar os brasileiros que ditam as tendências. Estes, por sua vez, muitas vezes se espelham em experiências internacionais e de países considerados à frente nesta jornada pelo desenvolvimento e melhorias contínuas.

Peguemos de exemplo um “hospital do futuro” de Denver, no Colorado (EUA), que acaba de ser inaugurado. Inserido em um contexto de envelhecimento populacional e alta demanda, o Centura Health System abre as portas para um novo campus St. Anthony North Health Campus em Westminster, baseado no desejo de seus potenciais pacientes, ou seja, da população da região.

O veículo norte-americano H&HN Daily traz a história do projeto, idealizado pela pergunta “como podemos projetar algo que não estará obsoleto daqui há 20 anos?”. A indagação levou o CEO, Carole Peet, perceber que o ideal seria realmente começar do zero ao invés de renovar as estruturas que já tinham.

Todo o conceito e oferta de serviços foram baseados no que a população em torno necessitava, e eles descobriram que eles não queriam algo que os fizessem lembrar de um hospital. Dessa forma, as instalações são adornadas com pedras naturais, materiais de madeira, janelas do chão ao teto, três jardins e uma trilha ao ar livre.

Ao invés do foco específico na internação, o serviço é voltado para o bem estar e atendimentos ambulatoriais, mudando a perspectiva do cuidado centrado na doença. Entretanto, o hospital conta com 92 leitos de internação.

Outro desejo percebido foi o de poder resolver tudo em um único lugar. Dessa forma, o complexo possui 350 mil m², com os mais variados serviços: desde aconselhamento nutricional, aulas de culinária saudável, cirurgias em regime ambulatorial, farmácia, serviços de diagnóstico e 50 práticas de cuidados primários. A instalação foi desenhada para evitar que o paciente faça três viagens; a consulta com o médico, o raio-x, por exemplo, e a cirurgia.

Peet afirmou ao H&HN Daily que uma das coisas que ele mais ouviu foi o desejo de one-stop shopping, ou seja, estacionar o carro no local e fazer tudo em uma só tacada.

O executivo considera um período de ajuste de sua equipe médica e demais profissionais, mas acredita no alinhamento de todos e no propósito de colocar o paciente verdadeiramente no centro de qualquer decisão.

 





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