Quase sempre as tecnologias parecem estar à frente da mentalidade predominante de uma sociedade. No entanto, para ela ser inventada, uma ou mais cabeças pensantes já têm de ter mudado o modo de pensar e, assim, gradualmente vão ditando as mudanças. Há estudos científicos que dizem que se 10% de uma população estiver profundamente comprometida com uma ideia, é o bastante para ser o estopim de uma mudança em larga escala. Digo isso olhando para a imensurável quantidade de possibilidades que as tecnologias têm evidenciado para o campo da Saúde, inclusive na relação médico-paciente.
O estudo “2015 State of the Connected Patient” divulgado pelo Salesforce, empresa de soluções de gestão de relacionamento com clientes (CRM), demostra as resistências que o mercado norte-americano ainda tem em relação a uma assistência médica mais conectada, mas aponta a geração y (idade entre 18 e 34 anos) como o fator transformador dos próximos anos.
A pesquisa, com mais de 1.700 norte-americanos adultos que possuem plano de saúde, descobriu que menos de 10% deles usam a WEB, e-mails ou mensagens de textos para marcar suas consultas. E 40% deles não se comunicam com o médico para acompanhar sua saúde (dieta, prática de exercícios e exames).
Entretanto, inseridos neste universo está a geração y que demonstra forte interesse em novas tecnologias colaborativas, inclusive como meio de relacionamento com o médico. Por exemplo, 60% dos membros dessa geração são a favor da telessaúde para evitar consultas presenciais desnecessárias e 71% deles gostariam que os prestadores usassem aplicativos para agendar consultas, compartilhar dados de saúde e gerenciar o cuidado preventivo.
Pontos-chave:
Geração Y: outra visão
Apesar do histórico pioneiro dos EUA, ainda há muito a se avançar no aspecto saúde digital, mas a o Affordable Care Act tem incentivado os provedores a adotarem processos digitais em prol do melhor cuidado do paciente.