Como a cultura de dados transforma o setor da saúde
23/06/2023

Todos os dias o setor de saúde gera uma quantidade imensa de dados, que incluem históricos médicos, exames, prescrições, entre outros. Um dos principais desafios enfrentados por profissionais e organizações nessa indústria é a organização desses dados e sua transformação em informações relevantes para o negócio.

Nesse sentido, a análise de dados pode trazer grandes benefícios para o setor da saúde, como a melhoria na qualidade do atendimento e a redução de custos. Mas como a cultura de dados pode contribuir para isso? Basicamente, colocando os dados no centro das decisões, incorporando-os ao fluxo de trabalho e utilizando-os para embasar as decisões diárias; tais informações não devem ser apenas armazenadas para uso eventual, mas sim utilizadas como uma ferramenta impulsionadora dos negócios e das atividades.
 

Para o setor da saúde, que lida com tantas regras, procedimentos administrativos, fornecedores, parceiros e clientes, isto é especialmente importante: o uso estratégico dos dados confere ganho de eficiência no estoque, campanhas de marketing, elaboração de ofertas e melhora a jornada do cliente em sites, aplicativos e demais dispositivos eletrônicos. Ser orientado por dados é incluí-los em todos os processos de tomada de decisão.

No entanto, há um universo de particularidades que precisam ser levadas em conta quando se tem em foco o cliente do setor de saúde. Como entregar as mensagens mais precisas para cada perfil de cliente? Como gerir melhor os serviços prestados e aqueles com alta demanda? O uso dos analytics são os nossos melhores parceiros para vencer estes desafios: entender os perfis de clientes por gênero, geografia, horário de atendimento, idade, – o que for – faz toda a diferença para as lideranças de negócios e gestores de equipes.
 

As companhias mais inovadoras do ramo da saúde já investem no chamado “cuidado coordenado”, que consiste num uso sofisticado do perfil dos pacientes – com dados completos de saúde que podem incluir histórico médico, exames, vacinas, informações genéticas, hábitos físicos e alimentares – para prescrever orientações de saúde preventiva, com foco no que o paciente pode fazer para melhorar a saúde e o bem-estar e evitar complicações ou quadros crônicos.

E, do ponto de vista das entidades de saúde – como convênios e hospitais – ter uma visão global de seus pacientes no que diz respeito, por exemplo, aos que têm doenças crônicas ou estão mais propensos a desenvolvê-la, isto significa poder antecipar problemas e complicações, indicando mudanças de comportamento, tratamentos preventivos e antecipando também demandas futuras de atendimentos específicos – ou seja, um recurso altamente valoroso para um direcionamento mais proativo e inteligente de investimentos e despesas.

Isso porque a saúde não espera. Diante de tantos pacientes na fila é preciso inserir fluidez nos processos, especialmente considerando o contexto dos profissionais da saúde, que na época da pandemia ficaram tão (ou mais) sobrecarregados. Melhor organização de turnos, controle de despesas e velocidade em processos burocráticos também são algumas das vantagens que podem ser vistas de modo mais imediato no uso preciso de plataformas de analytics.

E as mudanças não param por aqui; na verdade, este é só o começo. Com a consolidação do 5G no Brasil, a nova geração de internet móvel que reduzirá de maneira significativa o tempo de resposta entre diferentes dispositivos, serão impulsionadas uma série de inovações de tecnologias e negócios, abrindo mais espaço para o big data, Internet das Coisas, edge computing e inteligência artificial. Como consequência, a nova era de conexões produzirá muito mais dados e informações para serem lidas, processadas e aproveitadas.

A análise de dados deve servir para ajudar líderes e gestores a tomarem decisões. Na área de saúde, remanejar profissionais, controlar estoques, prover os melhores serviços é um desafio gigantesco. É preciso fazer uso das tecnologias da informação para estar a par: isso permitirá que gestores, líderes, médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde tenham mais tempo para se concentrar em serviços críticos e atendimentos que requerem o olhar humano.





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