Com prejuízo operacional de R$ 11,5 bilhões, em 2022, registrado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), somado ao cenário financeiro já desfavorável deste início de 2023, as operadoras de saúde não viram outra escolha a não ser anunciar nas últimas semanas aumento no valor de seus planos PME. As soluções para esta crise que poderá se agravar ainda mais no futuro, o que inviabilizaria definitivamente a eficiência da prestação de serviços no Brasil, passam pela tecnologia e mudança do comportamento do paciente.
“Se os profissionais e os pacientes não olharem para a saúde preventiva, o sistema irá ruir”, disse Guilherme Weigert, CEO da Conexa. O alerta é para a atual alta procura dos brasileiros aos pronto-atendimentos presenciais o que ajuda a onerar os custos dos serviços. A declaração foi dada durante a participação do executivo na Web Summit Rio, principal conferência de tecnologia do mundo, na última quinta-feira (dia 4), no Rio de Janeiro.
O aperto nas contas do setor também atinge diretamente a qualidade dos atendimentos e a autonomia dos médicos. Para reforçar esta análise, o principal gestor da Conexa apresentou, durante o evento, dados dos Estados Unidos. Por lá, nos últimos 50 anos, houve uma diminuição no tempo de consulta de uma hora para apenas 13 minutos, com aumento em 20 vezes do custo de saúde por pessoa. “Isso quer dizer que o paciente paga cada vez mais e que o profissional da saúde está dia a dia mais atolado na burocracia”, afirmou. “É uma situação muito parecida com a nossa”, comparou.